terça-feira, 28 de agosto de 2007

Buarque, quem diria, é contra o legítimo direito de greve para os professores!

Paulo Ghiraldelli, doutor em Filosofia da Educação, analisou o conjunto das recentes propostas que o senador do PDT apresentou ao ministro Fernando Haddad e ressaltou algumas observações como as seguintes:


"(...) Buarque, traindo sua consciência política que parecia ser democrática, sugere, através de um plano que seria o dele se ele fosse ministro – e isso é que causa espanto –, a suspensão das greves escolares. Ele diz que deveria haver um 'pacto entre servidores, gestores, professores, pais e líderes políticos' contra as greves. Ora, esse pacto, devo lembrar o senador, já existiu, e ele foi de fato um dos principais elementos de piora do ensino. Esse pacto esteve vigente entre 1964 e 1985. O que ocorreu nesse período, que o senador do PDT não sabe? Simples: houve uma 'revolução' em 1964, implantou-se uma ditadura no país, e ninguém mais podia fazer greve. O instrumento de luta do trabalhador, reconhecido em todo o mundo democrático e, principalmente, reconhecido pelas organizações internacionais trabalhistas em que o PDT é filiado, é desconhecido pelo senador Buarque. Isso, além de ser altamente condenável, deveria bastar para a retirada do senador do PDT, pois contraria as normais doutrinárias do partido. Penso que no Brasil não haveria um partido político que acolheria o senador, pois tal partido deveria, certamente, ser um partido de tendência fascista. Há um partido de tendência fascista no Brasil? Não sei. Mas caso exista, ele apoiará a medida do senador Buarque neste item. O pacto proposto, que fere tudo que se poderia ensinar de democracia ao aluno brasileiro, é digno de uma ditadura de direita. Neste aspecto, o documento se desqualifica".



Leia na íntegra: clique aqui.

3 comentários:

  1. Como se professores sérios fizessem greve sem motivo.

    Pois é, políticos não são de jeito nenhum confiáveis , até mesmo os que tem a educação como baluarte.

    ResponderExcluir
  2. POLÍTICOS: INIMIGOS E PARASITAS DO POVO!!!!!!!

    Taí um "belo 'slogan'."

    ResponderExcluir
  3. Realmente é uma pena ver que profissionais da educação, que deveriam, não por obrigação, mas por convicção, exaltar o compromisso assumido para com o "Ofício de Ensinar", fazem apologia às posturas, que por conta da ignorância e falta de ética até, vêm a se posicionar contra ações que têm como unico objetivo atender àqueles que realmente necessitam, o povo, privado de seus direitos mínimos e necessários como a educação!
    Democracia não tem nada a ver com balbúrdia, retração, hipocrisia e egocentricidade. Fico a questionar-me, qual a verdadeira função de uma greve? Talvez essa questão nunca terá uma resposta, e se tiver, acredito, não será dada por nenhum "Educador" consciente e comprometido com seu "Ofício de Mestre". Devo lembrar-lhe que durante o regime militar, não houve pácto algum, o que realmente houve, foi a imposição de ideais, e tal fato jamais deveria ser esquecido.Esses ideais eram, como sempre, direcionados a uma minoria, elitizada e priorizada. Como ficou a situação da maioria, aqueles a quem realmente deveria ser voltada toda e qualquer "política pública", e diga-se de passagem, "Políticas Públicas" também comprometidas com
    a causa, caso contrário, não são e nunca serão de interesse dos menos favorecidos.
    Então, meu caro, não venha com essa história de que ja houve um "Pácto" onde não deveria mais haver greve nos serviços públicos.
    Acredito que, falar daquilo que não se conheça, é muito mais fácil do quê fazer sugestões construtivas!!!
    Quanto a desqualificar o documento de autoria do senador do PDT (Cristovão Buarque), seria o mesmo que continuarmos a adoção da "Educação Elitizada", a qual teve sua introdução na "Reforma Pombalina" que tinha como único objetivo suprir as necessidades da corte, que se instalara no Brasil por conta da invasão sofrida por portugal, onde Napoleão (França)resolve impor a coroa Portuguesa o fechamento dos portos ao comércio da Inglaterra, assim, se fazia necessário uma estrutura educacional que não havia no Brasil, que desse conta de formar os decendentes e mesmo os diretamente envolvidos com a corte.
    Nesse caso, acredito que a desqualificação fica, simplesmente por falta de uma real compreensão da verdadeira seriedade da situação!

    ResponderExcluir