segunda-feira, 31 de março de 2008

O DNA do caos

Demagogia: Mendonça e Raul brigam pela "paternidade" dos Centros
Experimentais, mas não querem assumir a responsabilidade pelos
estragos que causaram em nossa educação pública



Mendonça Filho (Demo) e Raul Henry (PMDB) postulam a Prefeitura do Recife. Ambos foram membros de primeira linha da tenebrosa "Era Jarbas", que arruinou a educação pública em Pernambuco. Agora os dois andam brigando pela paternidade das escolas em tempo integral (clique aqui e confira), os famosos Centros Experimentais - que Eduardo Campos vende como tábuas de salvação de nossa educação.
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Os dois candidatos deveriam assumir a responsabilidade que ambos possuem no processo de degradação de nosso sistema de ensino e na precariedade dos índices educacionais que alcançamos - sem esquecer da desvalorização dos professores mais mal remunerados do Brasil.
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Mendonça ou Raul são dois péssimos exemplos de gestores públicos. Nenhum deles pode proferir qualquer palavra vazia sobre educação, pois seus gestos e realizações não os credenciam sequer como enganadores, pois são coisa muito pior que isso.

sexta-feira, 28 de março de 2008

quinta-feira, 27 de março de 2008

Quem espera nunca alcança

Ainda esperando do SINTEPE uma verdadeira liderança na famigerada luta por melhores salários, condições de trabalho e outras reivindicações da categoria?
Ainda espera saber quanto entra e para onde vai o dinheiro dos associados?

"Cansei de ouvir abobrinhas
vou consultar escarolas
prefiro escutar salsinhas
pedir consolo às papoulas
indagar umas espigas
aprender com pés de alho
ouvir dicas das urtigas
e dessas tulipas"
(Alice Ruiz e Itamar Assumpção)

Vera Menezes - Tulipas - Óleo Sobre Tela

Atenção usuários do SASSAPE

Assembléia geral dia 09 de Abril de 2008 às 09h
Local: auditório do Prorural ( Rua Gervásio Pires, 399 - Boa Vista, Prédio do antigo CONDEPE)
Pauta:
Informes gerais
Situação financeira do SASSEPE
Manutenção da casa de apoio

A participação de todos é muito importante, pois é bom ficarmos a par do que ocorre com o nosso serviço de saúde e opinarmos acerca do gerenciamento do mesmo!!!

domingo, 23 de março de 2008

Sintepe e governo

Mais uma curiosidade encontrada na internet: o site do Sintepe reproduz informações da Secretaria de Educação como se fosse seu papel divulgar as "realizações" do governo (exemplos: clique aqui ou aqui). Percebam na seção "Plantão de Notícias" como é muito comum verificarmos nosso sindicato fazer publicidade do governo. Coisa estranha, não é?

Um verdadeiro piso salarial!!


Numa visita ao site da Secretaria de Educação, verifiquei um destaque curioso: está sendo alardeada como se fosse grande feito a nomeação de 1.516 professores contratados através da chamada "seleção complemantar" - famosos mini-contratos. A notícia pubicada na internet só não informa uma coisa básica: a remuneração destes professores será de um salário mínimo! - clique aqui e confira o edital..
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A Secretaria de Educação esconde sob o tapete o fato de que Pernambuco possui o PIOR SALÁRIO DO BRASIL. Na verdade, o alto comando do governo estadual nunca fala claramente sobre isso e nossos mandatários fingem que este é um problema invisível ou uma abstração que não possui a menor relação com o nosso desenvolvimento.
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Se o salário mínimo (com o perdão da redundância), é o mínimo que um trabalhador pode receber legalmente, que esteja evidente o seguinte fato: Pernambuco já paga uma espécie de piso salarial para professores, afinal, onde mais encontraremos educadores com nível superior que recebem remuneração de apenas um salário mínimo?
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Mais uma vez, continuamos sendo uma vergonha nacional!

O OCASO DA ISONOMIA

PROFESSOR NÃO DESISTE DE LUTAR
JORNAL DO COMMERCIO 23/03/2008 – ECONOMIA p. 07.


POR CARLA SEIXAS


É diante de uma pilha de papéis que o professor aposentado do Estado José Dionísio da Silva, hoje com 74 anos, relata o processo de espera do pagamento de uma ação que se iniciou em 1993, sob a alegação de ISONOMIA SALARIAL, contra o governo do Estado. A causa é a mesma que outras 1.893 pessoas reivindicam [algumas já falecidas, como é o caso do maestro Fernando Borges] e representa para o caixa de Pernambuco cerca de R$ 500 milhões, além de um impacto mensal de R$ 6 milhões, caso a elevação seja implantada na base salarial.

Dionísio, hoje com remuneração base de R$ 726,00, alega que deveria estar com vencimentos acima de R$ 2 mil se o Estado colocasse em prática a determinação judicial TRANSITADA EM JULGADO desde 2003 no Supremo Tribunal Federal.

“O Estado diz que não pode pagar. Enquanto isso, muitos dos que esperam o pagamento dos precatórios ficam vivendo de arrego nas casas de outras pessoas e passando necessidade. E olha que nossa ação é classificada como precatório alimentício, por ser de natureza remuneratória.” Na mesma situação de José Dionísio, está a também professora aposentada Eli Linhares. A diferença é que dona Eli não acredita mais no pagamento de tais débitos. “O governador Eduardo Campos tinha dito que pagaria essa dívida conosco, mas o que aconteceu é que ele encontrou uma justificativa para recorrer antes que a dívida fosse inscrita. Não acredito mais em nada”.

De fato, o procurador-geral do Estado, Tadeu Alencar, diz que entrou com uma ação rescisória – o que paralisa o processo anterior. “Não estamos discutindo o valor, mas o direito”, alega o defensor do Estado. A nova ordem na Procuradoria é brigar até o final. “antes, os defensores do patrimônio público se comportavam sem muito comprometimento, diferente dos particulares. Em 2007, tivemos R$ 725 milhões em causas ganhas”.

AS ESCOLAS DO MEDO

JORNAL DO COMMERCIO 23/03/2008 – CIDADES p. 06.


POR CIARA CARVALHO


Esqueça os baixos salários. A repetência. A evasão. As escolas públicas de Pernambuco estão padecendo de um problema que extrapola o mundo das letras. A violência invadiu a sala de aula. Pior. Está sendo gerada dentro dela. Alunos têm espalhado medo e até morte num ambiente que deveria ser de educação. Qual o limite entre a indisciplina e a delinqüência? É um limite que um cadeado não consegue impor. Na escola Vila João de Deus, em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes, professores e alunos se trancam para tentar barrar a violência. O portão, que dá acesso às salas de aula, só é aberto no intervalo. Nem assim a insegurança fica do lado de fora. Há 10 dias, alunos quebraram o quadro de energia, estouraram bombas e geraram pânico na unidade. Lá, como em várias escolas visitadas pelo JC, no Grande Recife, professores, diretores e alunos vivem reféns do medo. Um terror gerado por vândalos vestidos de farda e com mochila nas costas.

A situação não é recente, mas tem piorado a cada dia. E já chegou ao absurdo de estudantes estarem sendo aprovados na lei da marra. Professores afirmaram, e diretores confirmaram, que estão “passando” os alunos, com medo de sofrer represálias. São jovens que faltam o ano inteiro e, no fim do semestre, fazem ameaças para não serem reprovados. O depoimento de uma diretora de uma escola estadual é surpreendente. “Na semana passada, uma mãe de uma aluna esteve na minha sala, exigindo que a filha fosse colocada no turno da noite porque seria mais fácil aprová-la. Sei que ela anda com matadores e não pude fazer outra coisa, senão transferi-la. Pode ter certeza que a estudante será aprovada porque nenhum professor terá coragem de enfrentar essa situação.”

Em outra escola, a reportagem ouviu o relato de uma professora que, mesmo envergonhada admitiu ter aprovado um aluno do 1º ano, para tentar se livrar dele. “Estamos apavorados. São delinqüentes fardados. Alguns andam armados. No ano passado, fui ameaçada de morte por um estudante. Não vou perder a vida por uma escola que os alunos não têm mais respeito. Quem vai nos proteger na sala de aula? E fora dela? O melhor é fechar os olhos”, declara.

É a falência do ensino, já tão cambaleante pelas suas próprias mazelas. Uma realidade que a Secretária Estadual de Educação admite: embora não seja generalizada, é verdadeira. “Temos informações de que isso está acontecendo, de que, por medo, professores estão aprovando alunos. Estamos estudando os casos para analisar como vamos agir”, afirma a secretária-executiva de Desenvolvimento da Educação, Aída Monteiro. O problema tem tomado uma dimensão tão grande que a secretaria pretende, este ano, fazer uma capacitação para preparar professores e diretores a enfrentar a violência vinda de fora e de dentro do colégio.

A tarefa não é fácil. A Escola Estadual Maria Emília Estelita, em Ouro Preto, em Olinda, ainda não se recuperou do trauma que viveu, há cerca de 20 dias, quando o vigilante da unidade foi assassinado por dois alunos. Foi um episódio extremo de violência numa rotina diária de insegurança. Freqüentemente, a escola era invadida por pessoas que pulavam o muro para usar drogas nas dependências da unidade ou via alunos ameaçarem outros de morte. A resposta foi pontual. Após a tragédia, dois policiais militares foram colocados no colégio, nos turnos da tarde e da noite. Uma tranqüilidade aparente. A direção diz que outros alunos com perfil violento, continuam na unidade de ensino. E não há como expulsá-los. Como disse um professor da escola: “o que resta agora é apelar para Deus e para a sorte para que nada mais aconteça.”


O DESABAFO


“Sou uma pessoa totalmente frustrada e assustada com a minha profissão. Não consegui colocar em prática tudo o que aprendi nos anos de faculdade. E hoje me deparo com uma sala de aula cheia de alunos que não dão a mínima para o que estou dizendo. Só querem saber de drogas, apagar as luzes da escola, quebrar as bancas, destruir o próprio ambiente deles. Nós, professores, estamos acuados na própria sala de aula. Ao tentar passar algo de bom, vem sempre a pergunta: ‘professora, para que estudar? Se eu não vou ter oportunidades? Quanto a senhora ganha para estar aí? Meu pai é alcoólatra, mataram meu irmão e eu só quero a Bolsa-Escola’. É o que eu escuto todos os dias. E o que eu vejo é ainda pior. Dou aula com medo para jovens que eu deveria estar ensinando a serem cidadãos. Como resgatar esses meninos? Com quem contar? Só conto comigo mesmo. E, às vezes, caio num vazio existencial porque os anos passam, mudam-se os governos, inventam novos projetos e a qualidade de vida minha e de meus alunos só piora. Diante de tanta dificuldade, ou desisto da profissão ou me acomodo. É mais do que um sentimento de incompetência. A sensação é de fracasso. Infelizmente, me sinto incapaz de resolver tudo isso que jogaram na minha mão. Por onde começar?”


DEPOIMENTO DE UMA PROFESSORA DE UMA ESCOLA ESTADUAL SUBMETIDA À VIOLÊNCIA DIÁRIA.

sábado, 22 de março de 2008

PÁSCOA - A VITÓRIA DA VIDA

por José Ricardo de Souza*
Dentre as celebrações litúrgicas da Semana Santa, a Páscoa merece uma reflexão especial pela riqueza de significados que possui, e por representar em si a Ressurreição de Jesus Cristo, uma prova de que, mesmo diante do martírio que Ele viveu, a vida teima em derrotar a morte. Para os judeus, a Páscoa também tinha implicações com a vida, uma nova vida conquistada após a saída do Egito, quando sob a liderança de Moisés, o povo hebreu conseguiu livrar-se da escravidão imposta pelo Faraó. Portanto, celebrar a Páscoa era, para os judeus, reafirmar o pacto com Iawvé, o Deus dos oprimidos, que tirou seu povo da terra da servidão. A própria palavra Páscoa significa passagem. Uma passagem difícil, sem dúvida, onde muitas vezes faltou a fé, mas nunca a esperança de alcançar a tão sonhada terra prometida aos descendentes de Abraão. Todavia, o esforço de Moisés não se perdeu em vão. Uma vez livres, os hebreus puderam construir uma nova história, enfim recomeçar a vida.

O cristianismo apropriou-se dessa preocupação com a vida no momento pascal, e foi mais além quando associou a Páscoa com a ressurreição de Jesus, naquele domingo longínquo, quando as mulheres perceberam o seu sepulcro vazio, e receberam dos anjos a mensagem mais bela da história do cristianismo: "Ele não está aqui, ressuscitou, como preveram os profetas". Nosso Jesus, o mestre maior de todos, foi o único capaz de vencer a própria morte. Na história das religiões, podemos citar grandes profetas e líderes religiosos. Moisés, Maomé, Buda, e tantos outros. O que os distingue do Cristo ? A morte levou a todos, mas só Jesus foi resgatado do reino dos mortos, para demonstrar que em hipótese nenhuma podemos perder a esperança na ressurreição, na certeza de que a vida é maior do que a morte, pois a vida foi, é, e será eterna, independente de qualquer lei física ou natural.

E entre nós, como podemos celebrar com dignidade a Páscoa de Cristo ? Parece difícil, uma vez que temos tantos sinais de morte, de dor, que até parece que o anti-reino é mais forte do que as nossas esperanças na construção de uma vida verdadeiramente digna. Diante de tantas dores e medos, numa sociedade onde a maioria nada tem, enquanto poucos regateiam-se com o lucro do trabalho explorado e mal remunerado, num mundo marcado pela violência gratuita, pela corrupção de quem devia governar com justiça e equidade, pela dor de tantas famílias, crianças e idosos abandonados, e com uma natureza tão bela e distinta sendo miseravelmente massacrada pelos interesses do capital ganancioso, quantos sinais de morte, quantos motivos para acabarem com a nossa Páscoa, a nossa certeza e esperança de ressurreição.

Entretanto, a vida teima em vencer os sinais da morte. E mesmo onde existe apenas lama e desesperança, uma tímida flor insiste em existir. É a flor da nossa fé, da nossa esperança que se traduz e gestos concretos de solidariedade e de justiça. Nem tudo está perdido, pode estar para os homens, mas o plano de Deus é diferente de tudo o que pensamos. O ato de ressuscitar de Cristo não foi apenas uma demonstração de força, mas uma prova viva e inconteste de que o mal será derrotado, o oprimido libertado, o justo recompensado, e o sangue dos mártires será a semente de uma nova sociedade, onde a vida possa exibir-se em graça e plenitude.

Aleluia. Cantai louvores, pois não é todo dia que a vida vence a morte. Enchei-vos de contentamento, pois o Senhor Nosso Deus, é o Deus da Vida, o Deus da Ressurreição. A morte foi derrotada naquele instante em que Jesus rompeu aquela rocha de seu sepulcro. Desde então, podemos crer fielmente que, segundo, a promessa do Pai, um dia todos também ressuscitarão, e a morte perderá seu sentido. Enquanto esse dia não chega, podemos começar derrubando os sinais de morte em nosso meio, lutando sem temer, contra tudo aquilo que tira do homem a dignidade e a honradez, as quais Deus deu indistintamente a todos, para que pudessem desfrutar de sua magnificência e sabedoria. Páscoa, é um sinal de vida, eternamente fundamentada na esperança de um novo mundo de paz, justiça e principalmente de vida em abundância, pois foi Jesus mesmo quem afirmou que "vim para que todos tenham vida" (João 10, 10). E a Páscoa é a celebração da vida.
* O autor é historiador, professor, escritor; membro da ALEP - Academia de Letras e Artes da Cidade do Paulista.

sexta-feira, 21 de março de 2008

A QUALIDADE NA EDUCAÇÃO EM PERNAMBUCO

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(Clique na imagem para ampliar)
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Somos privilegiados... agora já temos sistema de verificação da qualidade do ensino... uma verdadeira máquina de educar os pernambucanos... como bem disse o secretário, não é somente com salário que se faz uma boa educação... é preciso implantar um programa de qualidade...

quinta-feira, 20 de março de 2008

Para secretário, salários baixos não interferem na qualidade da educação


Participando de programa na TVU no dia 18 deste mês, o secretário Danilo Cabral afirmou que não existe relação entre nível salarial e qualidade da educação. Além de tantas coisas, faltou-lhe também originalidade, pois a secretaria de educação do governo José Serra (PSDB), em São Paulo, também já havia proferido esta pérola em entrevista à revista Veja - curioso como a gestão paulista tem inspirado nossos "socialistas" do governo Eduardo Campos (clique aqui).
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Este argumento procura justificar a manutenção de baixos salários e tenta atenuar seus efeitos sobre nossa circunstâncas, mas é um argumento falso. Este tipo de ladainha não costuma ser empregada em países que perceberam que a educação é um instrumento de desenvolvimento, afinal, seus professores são bem remunerados e os resultados da educação influenciaram verdadeiras transformações. Este tipo de baboseira faz parte do repertório de desculpas esfarrapadas e justificativas fúteis de nossos gestores, que insistem em negligenciar coisas vitais e empregam suas fantásticas teses para não executar medidas necessárias.
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Vale lembrar que Danilo Cabral é auditor do TCE (Tribunal de Contas do Estado), órgão onde são pagos muitos dos maiores salários do serviço público estadual. Recentemente, o presidente do TCE anunciou um plano através do qual eram propostos aumentos salarias para os servidores do órgão (clique aqui) e sugeriu que os servidores - pelo menos os do TCE, claro! - necessitavam ser bem remunerados para que órgão tivesse um funcionamento melhor, atendendo aos seus objetivos e garantindo maior qualidade de seus serviços.
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Conclusão: o que vale para o TCE, não vale para a educação - mesmo que nosso secretário seja do TCE!

quarta-feira, 19 de março de 2008

PISO APROVADO!

A Comissão de Finaças e Tributação do Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei que institui o piso salarial para professores. O Projeto seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça para passar pela última fase de deliberação.
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Conteúdos das novas disciplinas

Criadas sem discussão durante nossas férias, as novas disciplinas instituídas para compor as matrizes curriculares pareciam mistérios, afinal, não houve capacitação para lecionar nenhuma delas e, além do mais, seus conteúdos programáticos não haviam sido divulgados. Finalmente, já no decorrer das atividades letivas - enquanto os professores procuravam desvendar conteúdos para as novas disciplinas -, a SEE decidiu colocar um fim (será?) à angustiante missão de lecionar no improviso e divulgou os conteúdos programáticos de suas inovações curriculares.
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Os conteúdos já são apresentados conforme a nova estrutura de avaliação bimestral, pois estão divididos em quatro unidades letivas.
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Confiram e tirem suas conclusões - claro, comentado aqui para que possamos todos compreender melhor a viabilidade destes conteúdos.
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segunda-feira, 17 de março de 2008

Resposta da Secretaria de Educação sobre monitoramento

O blog Acerto de Contas publicou umas postagens sobre a nova belíssima idéia da Secretaria de Educação. Veja o que assessoria de imprensa da SEE publicou a respeito (clique aqui).

Incomodado com título de 'pior salário do Brasil', Eduardo Campos promete melhoria salarial para professores

Publicado no Blog de Jamildo (leia o original aqui)




Na última sexta-feira, 14 de março, Dia Nacional da Paralisação dos Educadores pela aprovação do Piso Salarial Nacional, a presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, deputada Teresa Leitão (PT), teve uma reunião com o governador Eduardo Campos, no Palácio do Campo das Princesas.

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No encontro, o governador se comprometeu em lutar pela melhoria dos salários dos professores.
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Segundo Teresa, Eduardo Campos se comprometeu a ajudar os professores em duas linhas de ação: a primeira, no âmbito nacional, onde usará sua liderança como presidente nacional do PSB e governador para agilizar a votação do Piso Salarial no Congresso; e no âmbito estadual, a partir dos estudos que a Secretaria de Educação está fazendo para tratar a questão salarial com medidas estratégicas e significativas.
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“O governador afirmou que vai concluir esses estudos o mais rápido possível, baseando tais análises no montante de recursos vinculados à educação previstos pela Constituição Federal – os 25%, na aplicação do Fundeb e na política do piso salarial vinculado ao Plano de Cargos e Carreira”, diz Leitão.
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Segundo Teresa, o governador também afirmou sentir-se incomodado com a posição que Pernambuco amarga de “pior salário dos professores no Brasil”. “Ele externou o compromisso de mudar este quadro”, afirmou Teresa Leitão.
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A reunião com o governador Eduardo Campos foi um reforço simbólico ao dia nacional de lutas pelo Piso Salarial Nacional dos Educadores e contou com a participação do secretário de Educação Danilo Cabral e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe).
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O encontro foi o primeiro entre o governador e o Sintepe.
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“O governador Eduardo Campos se mostrou sensível à questão salarial dos educadores e às diretrizes debatidas na reunião darão condições de se ter uma Campanha Salarial este ano com resultados mais positivos para a categoria. Abrir um processo negociável com o compromisso do próprio governador é extremamente importante para o desenvolvimento das relações trabalhistas entre governo e o sindicato dos trabalhadores em educação”, lembrou Teresa.

domingo, 16 de março de 2008

Cabresto

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Alguém sabe

onde está a campanha salarial 2008?

Máquina educacional

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De volta ao tempo da “mordaça”

Por Eudes Pavel*

Para aqueles que haviam pensado, ter acabado o ciclo da ditadura nas escolas públicas de Pernambuco, mais um golpe está sendo preparado pelo governador Eduardo Campos. A novidade desta vez ficara por conta da volta dos gestores biônicos, que serão indicados pela secretaria de educação através de eleições indiretas, com cartas marcadas, previstas para outubro. A concretização dessa medida representara o fim da escola democrática, do direito conquistado por estudantes, pais, professores e funcionários de escolherem de forma transparente, pelo voto direto, seus dirigentes. Por trás dessa decisão está à intenção do governo em fazer com que as mazelas presente no universo escolar não cheguem aos ouvidos da opinião pública. A fórmula a ser implantada submeterá as escolas literalmente ao controle do governo. Na prática, isto significa que as escolas perderão sua autonomia política, pior, algumas continuaram funcionando como verdadeiros feudos, possibilitando que gestores, que estão a mais de uma década no cargo, se perpetuem na função, o que é abominável.

* Professor da rede estadual.

sábado, 15 de março de 2008

DEZ PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM SE CALAR

por José Ricardo de Souza*
1° Quanto o Governo do Estado vai desembolsar para colocar na Internet os horários de todas as escolas da rede e das respectivas aulas de cada professor ?

2° Se o sistema de avaliação vai mudar, por que as cadernetas chegaram nas escolas com o mesmo layout (modelo) dos anos anteriores, com os espaços para preenchimento com os indicadores de desempenho (DC, DEC, DNC) ?

3° Por que o governo do Estado gasta dinheiro com tudo: jornais, editoras de livros didáticos, fardamento e material escolar para o aluno, Paixão de Cristo, Bienal, empreteiras, etc.; mas recusa-se a pagar um salário digno para um docente ?

4° Por que reformar escolas em pleno período escolar causando transtornos a alunos e professores das unidades envolvidas ?

5° Por que os professores de Geografia, Sociologia, Filosofia, e Física, não foram consultados na escolha dos livros didáticos para a rede estadual ?

6° Como é que um professor de História ou de Geografia, que teve sua carga horária reduzida para duas aulas semanais vai ter tempo para fazer quatro avaliações por bimestre, como cita a nova minuta de avaliação da rede ?

7° Qual a formação pedagógica do atual Secretário de Educação ?

8° Por que o SINTEPE bate com luvas de pelica em questões como "projeto travessia", "centros experimentais de ensino", "mudanças nas matrizes curriculares e no sistema de avaliação", "repasse das verbas do Fundeb" ?

9º Onde estão os conteúdos programáticos das novas disciplinas criadas para compor a chamada parte diversificada do currículo, contendo o que cada professor deve ministrar em suas aulas (coisa essencial para o planejamento do professor) ?

10° Qual o castigo que os professores estaduais de ensino praticaram para merecerem uma gestão tão ruim quanto a de Danilo Cabral à frente da SEDUC, conseguindo superar até mesmo a turma de Jarbas e Mendonça ?
* historiador, professor, escritor; membro da ALEP (Academia de Letras e Artes da Cidade do Paulista)

Monitorando


Depois de mobilização, projeto de piso salarial para professores volta a andar na Câmara

Publicado originalmente no Blog de Jamildo (confira aqui)


O deputado federal pernambucano Pedro Eugênio/PT sensibilizou-se com a situação dos professores.
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O piso salarial do magistério foi o tema colocado na pauta de votação pelo deputado federal Pedro Eugênio na primeira reunião ordinária presidida por ele na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Federal, esta semana.
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Engavetado desde agosto de 2006, o Projeto de Lei nº 7431, que institui o piso salarial do magistério, entrará na pauta da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Federal, na próxima quarta-feira 19/03.
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A iniciativa foi do próprio presidente da Comissão, deputado Pedro Eugênio/PT-PE.
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"Trata-se de uma matéria de extrema importância. É uma reivindicação justa e antiga da categoria", enfatizou.
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Depois de aprovado na Comissão de Finanças, o Projeto passará apenas pela Comissão de Constituição de Justiça para, então, ser sancionado, não precisando mais ir à Plenário.
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O PL cria um piso de R$ 800,00 para professores de nível médio e de R$ 1.100,00 para os de nível superior. Pernambuco tem o mais baixo piso salarial para professores no país: R$ 555,00 em início de carreira, isso já somadas as gratificações de pó de giz e aula atividade, sem as quais o valor cairia para R$ 347,00

Reflexão

A educação em Pernambuco tem vivido o caos em função de gestões incompetentes, descompromissadas e sem o mínimo de visão de futuro. O saldo de tudo isso não poderia deixar de ser assim: o pior salário e a pior educação do Brasil. Enfim, a educação em Pernambuco está repovada. Mas surgiu um novo governo que pometia agir diferente do anterior, ou seja, maldita gestão Jarbas-Mendonça parecia estar sendo superada, mas isso foi ilusão. O próprio Jarbas Vasconcelos já afirmou que Eduardo Campos é um continuador de sua gestão. É verdade!
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E diante desta constatação cabe uma reflexão já famosa, retirada das conhecidas Leis de Murphy, para sintetizar nossa situação e as frustrações decorrentes das expectativas em relação ao governo Eduardo Campos:
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"Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível"
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Pernambuco já possuía a pior política educacional e o pior salário do Brasil e agora também possui o tratamento mais repressor sobre os professores, que recebem uma vigilância única entre todos os servidores públicos estaduais. Difícil discordar de Murphy!

POR QUÊ TANTA PERSEGUIÇÃO?

Clique na imagem para ampliar



Já não bastava o carrasco Jarbas... e agora chega Eduardo querendo tomar seu lugar... parece que não há fim o sofrimento para o professor pernambucano...se já não bastava o pior salário, agora temos Disque Denúncia, Aula Atividade na escola (como se em casa não fizéssemos nada), um Trilhão de avaliações, etc.

DISQUE-DENÚNCIA É PRA BANDIDO, SENHOR SECRETÁRIO !!!


Quero manifestar minha mais absoluta INDIGNAÇÃO contra a mais nova medida pirotécnica da dupla dinâmica que chegou para acabar de vez com a raça do professorado estadual de Pernambuco. DUDU e seu astuto assecla DADÁ resolveram radicalizar o processo e tratar profissionais da educação como meros bandidos, que precisam ser duramente perseguidos pelo simples crime de FALTAR às aulas (como se todo professor da rede fosse faltoso!). Colocar nossos horários de trabalho na Internet (como se todo aluno da rede tivesse um PC em sua casa, quando muito eles se viram nas lans houses da vida...) é mais uma maneira de expôr o professorado como um bode expiatório pelo mega caos em que se encontram a maioria das escolas públicas. O fato é que o governo quer provar por A + B que a culpa da escola não ensinar como devia está nos malvados professores (do jeito que vai, breve vão dizer que comemos criançinhas na hora do recreiro...). Agora, cadê que DUDU coloca na Internet o horário dos cargos comissionados das GREs e do pessoal da SEDUC ? Afinal, são servidores estaduais também, ou será que esse pessoal nunca falta ao serviço ? Se é pra expor as veias abertas da máquina pública estadual, por que não colocar também os horários dos médicos, dos Procuradores do Estado, do pessoal da SDS, mas o governo só persegue mesmo os professores! DUDU, eleição tem de quatro em quatro anos, os professores que votaram em você (como eu votei) se sentem lesados, ludibriados, enganados, pensamos que nos livraríamos da famigerada Era Jarbas, mas saímos do ruim para entrar no pior... A dupla dinâmica DUDU e DADÁ quer mesmo desmantelar o ensino de Pernambuco, a começar pelo professorado. Outra coisa que precisa ficar bem esclarecido: disque-denúncia, denúncia pela NET, esse tipo de terrorismo é pra bandido senhor secretário. Trate seus educadores como profissionais, não como fascínoras. Se é limprar a rede estadual de ensino, começe pela SEDUC, passe pelas GREs, tem um monte de gente que faz de conta que trabalha, enquanto que nas escolas, a maioria do professorado é séria e competente, não faz mais porque as políticas educacionais dos senhores é um mega desastre, uma prova inconteste do Titanic em que se encontra a rede estadual de ensino de PE.


PS.: a gente não se vende por assinatura de jornal, nem por ingressos para a Paixão de Cristo, afinal o que falta mesmo para o professorado é salário decente que permita ao professor viver com dignidade, sem precisar se escravizar em duas ou três escolas para manter a si e a sua família. DUDU 2010 ? Nunca mais!


* José Ricardo de Souza (historiador, professor, escritor; membro da ALEP (Academia de Letras e Artes da Cidade do Paulista)

sexta-feira, 14 de março de 2008

Blog Acerto de Contas

O blog Acerto de Contas tem sido um espaço onde os problemas da educação pública em Pernambuco recebem atenção. Confiram as seguntes postagens publicadas hoje:

Editorial do JC (14 de março/2008)

O Ministério da Educação divulgou uma tabela que coloca Pernambuco no último lugar entre todos os Estados do País. Um constrangimento que explica muitas das nossas dificuldades e expõe as contradições da história de um Estado que já foi considerado líder do Nordeste, detentor de indicadores culturais invejáveis, berço da formação jurídica brasileira e de notáveis educadores que ultrapassaram fronteiras e se inscreveram entre os ícones da pedagogia nacional. O mais grave da tabela, porém, é que se Pernambuco foi reprovado com maior evidência, o fato é que a fratura social é nacional e se espelha nos casos expostos pela repórter Margarida Azevedo, na edição de domingo, 9, deste JC (leia aqui). Mostra, por exemplo, o professor taxista, a professora vendedora de roupas, a que não tem como colocar uma prótese dentária, e muito mais da vida severina de homens e mulheres que se dedicam à magnífica tarefa de formar cidadãos, trabalhadores e doutores dirigentes, que fazem e aplicam as leis, e são detentores dos melhores salários.
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Do jeito que está, com os responsáveis pela formação desses dirigentes ganhando salários de fome, é difícil imaginar que o Brasil ande no mesmo ritmo daqueles que investiram na educação. Já se sabe que nações emergentes aceleraram o desenvolvimento voltando-se inteiramente para a construção de escolas, melhoria dos equipamentos de ensino e incentivo à educação pelo pagamento de bons salários. Afinal, o entendimento sempre foi que o terceiro milênio seria a era definitiva do conhecimento. Sem esta plataforma, o País estaria condenado a ser periférico, dependente, neocolonizado. Quem levou a sério essa previsão, começa a mostrar que ela era construída sobre uma base sólida. Quem não levou a sério, expõe um quadro como o que acaba de expor o MEC. E hoje, professores das redes públicas de Olinda, Recife, Jaboatão e Cabo devem paralisar suas atividades para pressionar por um piso nacional.
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Pela listagem do ministério, em apenas três Estados os salários dos professores estão acima de R$ 2 mil, com o primeiro lugar recebendo R$ 3.371, em Brasília. A média nacional é de R$ 1.369, e isso mostra que estamos perante um problema nacional, para o qual o governo acena com um piso que não sai do papel. Os resultados mais visíveis são esse cenário de miséria a que estão relegados profissionais de quem depende, em tese, o crescimento ou a estagnação de nosso País e o escasseamento de professores. Os jovens estão cada vez mais relutantes em seguir uma carreira que, se no passado foi dignificante por não estar tão profundamente distanciada de outras do serviço público e distinguir-se por formar, inclusive, as gerações de governantes, hoje sequer responde às necessidades de sobrevivência, exigindo dos profissionais que estendam a jornada de trabalho em atividades que estão longe de estimular a melhoria da qualidade pedagógica.
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A reportagem Bico ajuda professor a viver escancara um dos mais graves problemas do Brasil e, particularmente, de Pernambuco. Uma situação que abala a credibilidade de todos os governos e não apenas do atual, porque um somatório de muitas administrações, todas sujeitas a momentos de tensão com seguidas greves de professores e queda da qualidade do ensino público. O que surpreende na tabela exposta pelo MEC é a nossa posição em último lugar, quando Pernambuco sempre teve um papel de vanguarda na história do Nordeste. Uma condição que legitima todos os movimentos do professorado no passado e exigirá do atual governador mudar profundamente o que foi montado e preservado por grandes nomes da política regional e nacional, que também administraram o Estado.
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Neste primeiro momento, a saída é nacional, fica na dependência da implantação do piso que, aí sim, dará um pouco mais de fôlego a grande parte do professorado. Como a mestra que na reportagem de Margarida Azevedo sustenta cinco filhos e um marido desempregado com a remuneração mensal de R$ 430. Entretanto, dá para perceber que a implantação de um piso de R$ 950 não será suficiente para mudar o cenário educacional brasileiro. Atenua as dores de uma categoria fundamental para o País, mas não se pode dizer que teremos, a partir daí, a inserção do Brasil entre os que se impõem pelo conhecimento, pela ciência e tecnologia.

Mais professores temporários!

A mania de contratar professores temporários é um caso sério. E a Secretaria de Educação está contratando mais 1.516 professores em caráter temporário para atuação em programas de correção de fluxo e também para o ensino regular (clique aqui e confira). Até quando o governo vai apelar para o improviso na educação?

História e cultura afro-brasileira e indígena

Foi editada nova legislação federal sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena, que deverão integrar os conteúdos lecionados para os alunos dos ensinos fundamental e médio (clique aqui e confira a lei no Diário Oficial da União). Recentemente, os iluminados tecnocratas educacionais de nossa Secretaria de Educação modificaram as matrizes curriculares, criando disciplinas que sequer possuem programas definidos (ou seja, criam nomes de disciplinas e não disciplinas, fazendo um serviço precário, superficial e simplório - para não afirmar coisa pior) e reduziram a carga-horária de história no ensino fundamental.
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Além do mais, o Secretaria de Educação propõe uma alteração no sistema de avaliação e, segundo a minuta desta proposta (confira aqui), não faremos outra coisa além de avaliações. Com redução de carga-horária e sem tempo para lecionar e trabalhar os conteúdos, vai ser difícil atender as determinações da Lei Federal!

EDUARDO E NILO ENTREGAM PISO AOS PROFESSORES

Clique na imagem para ampliar


quinta-feira, 13 de março de 2008

Pernambuco nos trilhos do progresso

Agora que nós professores seremos monitorados a educação em nosso estado deixará de ocupar o último lugar em desempenho a nível nacional. O simples fato de que o Estado não cria políticas públicas eficazes no setor educacional, configura mero detalhe. Tudo estará resolvido: aluno feliz portando o "kit( que contém bolsa, camisa, três canetas, quatro lápis e borracha, desculpem mas minha memória falhou em relação a quantidade exata de borrachas brancas recebidas pelos alunos), não esquecendo do caderno de quinze ou vinte matérias"( realmente o FUNDEB mudou nosso cotidiano, houve investimento através desses kits); e o mais importante professor monitorado vai trabalhar bem melhor!!!. Diante dessa política de arrocho em cima de um só segmento, o professorado, fica a reflexão: qual será o objetivo do atual governo? Ausência de professor em sala de aula é o principal motivo da educação estar falida em nosso Estado? Ou será que ainda não houve quem tivesse vontade política de nos tirar do caos, investindo o necessário, fiscalizando esse investimento e cobrando resultados? Deixo uma dica para o atual governo: queremos deixar de ser prioridade na atual gestão. Tanta atenção nos faz ficar vaidosos. Olhem para todos os setores: saúde(imaginem cartão de ponto para médico?); cartão de ponto para cargos comissionados, juízes monitorados, promotores, desembargadores... Que paraíso, todo o funcionalismo público monitorado. Seremos primeiro mundo. Assim, garanto que a população agradecerá imensamente!!!O atual governo vai ter o nome gravado na memória de todos. Isso é que é gestão!!!

Chega de conivência!

"O que mais preocupa não é
nem o grito dos violentos,
dos corruptos, dos desonestos,
dos sem caráter, dos sem ética.
O que mais preocupa é o
silêncio dos bons."

Martin Luther King

Fiscalização só para alguns.

Já que o Governo do Estado está tão preocupado em fazer a escola pública "andar"e acredita que, fiscalizar a vida do professor é a solução, poderia prestar mais atenção e também fiscalizar o trabalho de algumas direções que se acham "donas" das escolas.
Final do ano passado (2007), por discordar de uma série de procedimentos e evitar mais constrangimentos (a que somos submetidos constantemente) solicitei remoção da Escola Tito Pereira/Aldeia /Camaragibe, para uma outra Unidade Escolar. Como não saiu portaria publicando a remoção fui orientada pela GRE a voltar para a escola, coisa que fiz em fevereiro deste ano, inclusive participando das reuniões para discutir os famosos "5 S" e o planejamento disciplinar anual. Porém ao elaborar o horário que vigoraria em 2008, a direção simplesmente deixou-me de fora, alegando que não sabia que eu estava de volta à casa. Retornei a GRE e a instrução dada foi que eu retornasse a escola e exigisse o meu horário, mais uma vez segui as orientações, porém sem sucesso algum, a direção mandou-me de volta e com um recado, dizendo que não ia mexer no horário, que o pessoal da GRE havia passado na escola e concordado com o que estava estabelecido. Meu nome não consta no livro de ponto e este, sequer posso pegá-lo, até o horário consegui cópia após muito sacrifício, horário este que já foi modificado três vezes.
Fato interessante é que no novo horário constam uma professora recém concursada com aulas de Geografia, uma professora que está adaptada, mas com aulas Educação Ambiental e um professor de Biologia/Ciência ( também com aula de Ambiental) que por sinal, não pode ministrar aulas no Fundamental e Médio por fazer parte do CENTRO que funciona na escola Tito Pereira. Levei o horário fictício à GRE, já fiz diversas queixas, inclusive ontem (12/03) passei a tarde inteira na Secretaria de Educação sendo atendida no final do expediente pelo acessor do Secretário de Educação (Danilo Cabral) e até o momento não há definição sobre a questão.
Estou em peregrinação desde fevereiro e tudo que me dizem é : "Aguarde, tenha paciência professora, vamos resolver".
Sou licenciada em Geografia e minha Especilaização é em Educação Ambiental, enquanto isso os alunos estão sem aulas, indo pra casa mais cedo quase todos os dias por falta de professores, e eu impedida de trabalhar. Saliento que, Educação Ambiental é prática que exerço nesta escola(Tito Pereira) desde 2005, com projetos multidisciplinares vivenciados em aulas de Geografia (tenho tudo documentado). Impressiona-me verificar que tantos desmandos vem ocorrendo nessa escola e as devidas providências não são tomadas. A Escola virou Centro Experimental, os alunos foram colocados para estudar em um galpão improvisado, a comunidade revoltou-se, houve protesto, um companheiro de trabalho foi preso por ordem da direção, a Secretaria de Educação vai à escola, autoriza o retorno dos alunos ao Tito. A direção devolve os alunos ao galpão, insinua a possibilidade de perda de vagas, a comunidade acaba assinando documento aceitando o "novo espaço de ensino-aprendizagem". Outros companheiros também são vítimas da direção e, esta continua poderosa destilando seu veneno sobre àqueles que considera seus opositores, atestando de vez sua falta de ética e descompromisso com a educação.
Como a Semana Santa lembra humilhação, peregrinação, sofrimento mas também persistência, continuo na luta em busca de meu direito ao trabalho.

Acerto de Contas

Postagem do blog Acerto de Contas sobre o Big Brother da Secretaria de Educação - Clique aqui.

Vigilância virtual


A manchete de maior destaque no Diário de Pernambuco deste dia 14 chamou a atenção para a mais nova ação da Secretaria de Educação: a vigilância virtual sobre os professores.
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Este gesto vazio não passa de mais um luminoso lance pirotécnico que não lança a mínima luz sobre o que é essencial, afinal, a falência do ensino público em Pernambuco não foi provocada por lacunas em livros de ponto.
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Profissionais descompromissados atuam em vastos segmentos do serviço público e muitos deles passaram a usufruir de benefícios patrocinados pelos contribuintes exatamente sob as bênçãos de muitos daqueles se insinuam como representantes do povo. Os irresponsáveis e os parasitas que prejudicam o serviço público e não passam de onerosos entraves ao atendimento da população devem mesmo ser devidamente cobrados, mas há métodos e critérios para isso. Se o governo quer monitoras seus servidores, então não convém vigiar apenas um segmento. Ao generalizar um monitoramento sobre os educadores sob a alegação de que este fato irá resultar na melhoria do serviço prestado, o governo acaba encobrindo fatores que não recebem a devida importância. O poder público não assume sua parcela indiscutível como agente fomentador da crise, afinal, quem dirige as políticas públicas e a gestão dos recursos deve também ser responsável por seus resultados.
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Os profissionais cumpridores de suas obrigações não terão nenhum problema com monitoramentos, mas o governo não pode gerir a educação pública com o chicote na mão.
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A sociedade tem todo o direito de receber um bom atendimento e precisa exercer também a liberdade de cobrar as garantias de qualidade sobre os serviços que o poder público oferece, mas o governo não pode desvirtuar o sentido deste exercício de cidadania para gerar um factóide administrativo. É o que está ocorrendo.
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Cobrar e exigir dos professores é necessário considerando o papel social que estes profissionais exercem, mas nós somos peões neste jogo, pois os manobristas não estão nas salas de aula. Monitorar professores é coisa muito simples e o que é simplório e imediatista sempre serve para iludir, pois todos são capazes de perceber aquilo que é superficial. Mas quem monitora os gestores das políticas públicas de ensino? Por lei, 25% da arrecadação estadual deve compor os fundos que financiam a educação e este é um grande volume de verbas - sem considerar também os repasses federais. Mas onde estão estes investimentos quando vemos escolas caídas e os professores mais mal pagos do país? Alguém monitora coisas assim? Quem monitora a necessidade das “parcerias” milionárias realizadas com as impolutas fundações Ayrton Senna e Roberto Marinho que – em tese – participam do desenvolvimento de políticas educacionais em nosso estado?
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Vale ressaltar que ano passado Pernambuco recebeu R$ 640.872.929,87 (seiscentos e quarenta milhões, oitocentos e setenta e dois mil, novecentos e vinte e nove reais e oitenta e sete centavos) referentes ao FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Considerando ainda outros recursos próprios que deveriam ser investidos na educação, os professores monitorados não são notados pelo governo na hora de reconhecer a necessidade de possuir uma política salarial para a categoria – e vale ratificar sempre: recebemos o pior salário do Brasil. Resultado: profissionais desmotivados que precisam lecionar em três turnos para continuar tendo uma remuneração precária.
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Diante de coisas assim, seria útil monitorar também os discursos vazios e as ilusões de campanhas eleitorais retóricas onde promessas são vendidas como salvações. Seria fundamental também monitorar as intenções e a vontade política dos gestores públicos e mandatários de nossos destinos, que vão se mantendo entre factóides e dissimulações.
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quarta-feira, 12 de março de 2008

O SINTEPE se supera

Dia 14 de março próximo haverá paralisação nacional pelo Piso nacional dos professores. Dia que deveria ser de muita movimentação, uma vez que trata-se de uma paralisação para chamar a atenção para um problema que atinge principalmente aos docentes de nosso Estado, que recebem a pior remuneração do Brasil, é mal utilizado por nossa "representação sindical". Nesta data especial o SINTEPE simplesmente se restringe a fazer panfletagem a partir das 13h na Conde da Boa Vista e logo mais às 14 se iniciará um debate, ali bem próximo, no auditório da FAFIRE. Realmente nossa representação sindical não quer mesmo suar em prol da categoria, visto o esforço ser mínimo: ficam em frente à FAFIRE durante apenas uma hora entregando papel e depois todos entram e se inicia o debate. Eu que sou uma eterna otimista esperava um pouquinho mais, mas fazer o que? Esperar o que de um grupo que não está nem aí para os problemas da categoria, nem parece que faz parte dela? O jeito, caríssimos colegas de profissão, é apelar para um milagre porque com essa atual gestão sindical, só recorrendo para as forças divinas.

AGENDA / SINTEPE

14 de março- Greve Nacional com debate no auditório da FAFIRE, às 14 horas.
Pauta: Piso Salarial Profissional Nacional, Profissionalização, e Carreira.
24 de março- Plenária dos Administrativos, às 9 horas, no auditório do Sintepe.
28 de março-Assembléia de Sócios, às 14 horas, para eleger a delegação do Sintepe para a Plenária Estadual e Nacional da CUT.

NESTA SEXTA-FEIRA, DIA 14, HAVERÁ A GREVE NACIONAL PELO PISO!

Mendonça esquece que ajudou a sucatear a educação de PE

10.000

Superamos a marca das 10.000 visitas. Desde setembro de 2007 iniciamos a contagem e a marca obtida é bastante significativa, sobretudo considerando as características do blog, que é um pojeto que atente a um público específico. Esperamos que os leitores continuem prestigiando o projeto.
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Recebam nossos agradecimentos.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Ser governo ou não ser - eis a questão!

Parece que agora a deputada Teresa Leitão resolveu achar que nossa questão salarial é coisa importante e agora parece (ou diz) que vai fazer cobranças ao governo que ela mesma dá sustentação. Clique aqui.

Bico ajuda professor a viver

Matéria publicada no Jornal do Commercio em 09/03/2008. Cidades p. 02
Margarida Azevedo





José Cardoso de Azevedo e Silva, taxista. Peronivalda Montelares, vendedora de roupas. Maria Agnalda Cunha, corretora. Todos são também professores. Mas como o salário que ganham para ensinar na rede pública não dá para pagar as contas no fim do mês, eles complementam a renda adotando outra ocupação. O bico é uma realidade cada vez mais comum em Pernambuco, que tem o pior salário pago a docentes da educação básica no Brasil, conforme levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Uducacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC). Os profissionais pernambucanos ganham em média R$ 831 mensais, valor quatro vezes menor do que recebem os do Distrito Federal (R$ 3.371), que tem a remuneração mais alta do País.

A implantação de um piso salarial nacional, no valor de R$ 950, é uma das chances de melhoria na vida daqueles que passam o dia nas salas de aula.

"Não acredito na implantação desse piso", diz Cardoso, professor de matemática há quase três décadas da Escola Estadual Marcelino Champagnat, localizada em Tejipió, Zona Oeste de Recife. Por mês, ele ganha R$ 1.270. Com os descontos, fica em R$ 964, valor repassado quase integralemnte para a pensão dos filhos. "Uma vez meu ex-sogro me viu aperreado com a falta de dinheiro. Propôs que eu rodasse com o táxi dele. Desde então, não parei mais. Nos horários em que não estou na escola, pego passageiros nas ruas", relata Cardoso. Por dia, o professor-taxista calcula que consegue pelo menos R$ 40, já tirando o gasto com o combustível. "Não penso em deixar de ensinar pois gosto muito da docência. Mas não dá para manter família apenas com o que ganho como professor."

No final do mês, Agnalda tem que escolher quais contas não serão pagas. "Faço um sorteio para decidir quem vai ficar sem receber. Como sempre estou devendo a alguém, meu nome normalmente vai para o SPC", relata Agnalda, que ganha pouco menos de R$ 1 mil. Para completar os dois salários que recebe (é professora da Escola Estadual Nestor Gomes, em Vila Rica), ela dá aulas particulares no intervalo entre um emprego e outro. Também agencia pessoas interessadas em empréstimos, quando ganha um pequeno percentual sobre o valor emprestado. Viúva e mãe de três filhos, mal tem tempo para se alimentar e cuidar da saúde.

Já Peronivalda, colega de Cardoso, vende roupas para complementar o salário de R$ 711. como Agnalda, diz que está sempre devendo a alguém. "Pode perguntar aos bancos qual é o profissional que mais pede empréstimos. Nós professores atuamos com muito sacrifício e sofrimento, mas não temos o reconhecimento que merecemos. Só mesmo o amor à sala de aula para nos manter atuando".

domingo, 9 de março de 2008

Enquanto isso no TCE...

Enquanto professores recebem salários miseráveis, os nobres servidores e todo o cacho de tecnocratas do Tribunal de Contas do Estado (órgão do qual nosso secretário de educação é oriundo), recebem salários muito generosos - e deliberados por eles mesmos! .É importante esclarecer os critérios para a definição destes salários, afinal, gostaríamos de saber se os membros do TEC são mais necessários para o desenvolvimento de Pernambuco do todos nós, educadores! .Clique nos links abaixo e conheça os planos de nossa elite do serviço público estadual, membros de um órgão que é reduto de políticos "aposentados" e ambiente que recebe muita atenção dos políticos que estão na ativa:

PERNAMBUCO É VERGONHA NACIONAL!


Biscate educacional

O Jornal do Commercio deste domingo (9/3/2008) trouxe uma interessante matéria sobre um fato que não é nenhuma novidade entre nós, porém merece ser amplamente divulgado para a sociedade: em função dos salários indigentes, muitos professores necessitam recorrer aos bicos e aos biscates para poder sobreviver!
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Este fato deveria ser motivo de vexame para os nossos mandatários, pois demonstra o nível de atraso social e indignidade moral que domina Pernambuco, um estado onde prioridade para a educação não passa de discurso barato.
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Enquanto perdura a situação, nada é feito quanto ao precário nivel salarial dos professores pernambucanos e ex-governadores posam como se fossem grandes estadistas e nossos atuais capatazes querem fazer crer que são verdadeiros heróis.

ONDE ESTÁ A CAMPANHA SALARIAL 2008?


Outros Estados já inciaram a campanha salarial 2008, é só visitar seus sites... mas pelo que li hoje, o SINTEPELEGO parece que vai esperar pelo PISO...
(Clique na imagem para ampliar)

sexta-feira, 7 de março de 2008

O improviso como regra


A edição do atual concurso para professores demonstra o quanto são carentes de bom senso e critérios os mandatários de nossa Secretaria de Educação. O quadro de vagas oferecidas por disciplinas é um exemplo bem claro. Considerando que nos dois últimos concursos não foram oferecidas vagas para as disciplinas Sociologia, Filosofia e Artes, chega a ser curioso o cálculo utilizado para a definição da seleção atual, pois para estas disciplinas são oferecidas, respectivamente, 14, 21 e 49 vagas! Custa acreditar que estes poucos professores atenderão às necessidades específicas de profissionais habilitados para lecionar tais disciplinas em toda a rede estadual.
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Mas não há apenas equívoco por trás destes cálculos, há algo que já é bastante comum: negligência e descaso! É um habitual senso de que o improviso e o vale-tudo são coisas normais e possuem a finalidade de remendar os estragos causados pela imperícia daqueles cujas funções consistem em interferir irresponsavelmente no processo de ensino-aprendizagem. Professores de História, por exemplo, continuarão lecionando Filosofia, Sociologia, Artes para “completar a carga-horária”, prejudicando estas disciplinas e desviando-se da prática de lecionar a disciplina para a qual foram preparados e legitimamente concursados - ou pior, quando muitos professores sequer ensinam suas próprias discplinas de formação e apenas improvisam e "tapam buracos" lecionando outras disciplinas para as quais não foram habilitados.
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Como já abordamos, o improviso e o uso de professores como joguetes e “remendos” será ampliado, pois a recente promoção de temas transversais à categoria e status de disciplinas curriculares agravará a situação. Professores insatisfeitos ensinarão sem motivação, sem base e sem recursos as disciplinas impostas por tecnocratas pseudo-pedagógicos que insistem em afirmar que estão promovendo uma grande transformação em nossa educação! Alguém na Secretaria de Educação parou para pensar nisto? Os malabaristas da pedagogia de gabinete deveriam parar de improvisar às nossas custas e nosso improvisado secretário de educação deveria tomar a consciência de que não dá para improvisar nosso futuro brincando de fazer (e impor) medidas sem critério na educação pública de nosso estado.
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Se a moda pega, a Secretaria de Saúde acabará fazendo algo semelhante, deslocando ortopedistas para executar cirurgias cardíacas ou odontólogos para realizar exames de próstata! Vale tudo, não é mesmo?

Técnicos ou tecnocratas?

A atividade técnica pressupõe uma associação entre habilidade prática e fundamentação teórica. Os técnicos da Secretaria de Educação não deveriam ser exceções e bem que poderiam buscar conciliar estes dois aspectos próprios de suas atividades. Educar é um ato social que interfere direta e decisivamente na vida de pessoas e no processo de desenvolvimento das sociedades, logo, qualquer “inovação técnica” praticada neste setor requer considerações sobre seus efeitos para a coletividade. Diante disso, quando a suposta atuação técnica não considera seus efeitos sociais, o que se caracteriza é a atividade tecnocrata.
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Este raciocínio é útil para retomar um tema que tem sido bastante discutido ultimamente: a mudança da matriz curricular. Na semana passada, a secretária executiva de desenvolvimento da educação, Aída Monteiro, afirmou que “Para definir a matriz, consultamos os técnicos das Gerências Regionais de Educação (GREs) que são a nossa ponte com as escolas”. Pois bem, esta ponte precisa ser reformada, afinal, o serviço de integração não está funcionando bem! Ocorre que a introdução de disciplinas que já faziam parte do conteúdo de outras de forma direta ou por meio dos chamados “temas transversais” demonstra a falta de conhecimento dos próprios técnicos sobre o que se passa nas salas de aula.
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Além do mais, criar disciplinas simplesmente por criar é algo muito simples, sobretudo quando não foram desenvolvidos os seus parâmetros, objetivos e conteúdos programáticos. Na prática, a Secretaria de Educação criou nomes de disciplinas e as introduziu no currículo escolar, como foi o caso de Educação, Cidadania e Direitos Humanos, Educação e Trabalho, Educação Ambiental e até mesmo História e Cultura de Pernambuco. São belos nomes, mas - de acordo com o procedimento adotado pela equipe técnica (ou tecnocrata) da SE - são apenas nomes e não disciplinas, pois carecem dos critérios que deveriam ser considerados antes de serem definidas. Onde estão, por exemplo, seus respectivos programas? Em lugar nenhum, pois isto não deve ter sido considerado pelos tão gabaritados técnicos da SE. Quem lecionará estas disciplinas? Certamente professores que não foram devidamente habilitados e acabarão desviados de suas disciplinas de formação (que tiveram cargas-horárias reduzidas) para lecionar as novidades por meio do improviso. E o material didático? Improvisado, claro!
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Este é o retrato da absoluta falta de conexão entre medidas tomadas em gabinetes isolados e o verdadeiro universo escolar. Comprova que “mostrar serviço” não é a mesma coisa que trabalhar de verdade, afinal, é realmente muito fácil fingir que está operando algo grandioso quando o autoritarismo burocrático, a propaganda enganosa e o discurso vazio são instrumentos utilizados para sustentar uma política educacional sem fundamento.

quinta-feira, 6 de março de 2008

DIRETO AO ASSUNTO!

Professor da rede oficial de Pernambuco recebe O PIOR SALÁRIO DO BRASIL e o governo não faz ABSOLUTAMENTE NADA a este respeito. Na verdade, as ditas autoridades do governo Eduardo Campos evitam até tocar no assunto, pois não pretendem tomar nenhuma providência. O governo faz alarde de sua atuação no setor educacional através de uma publicidade cara e maliciosamente ilusória, mas nada é dito sobre a vergonhosa e lastimável situação que prevalece quanto à valorização social e profissional dos professores. O governo não tem nenhum plano para atenuar o degradante cotidiano dos professores e nós queremos uma política salarial de verdade e qualquer outra migalha (como assinatura de jornal, bônus em feira de livro ou pagamento de 14º salário mediante atendimento de "metas") não atende nossas necessidades reais e concretas!
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Ao mesmo tempo, temos uma direção sindical cuja atuação está muito abaixo do aceitável, pois parece não ter a devida dimensão do problema. Recebemos o salário mais ridículo do país e nossas lideranças sindicais se perdem em incompetentes ações vazias e discursos inconsistentes.
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Por outro lado, a categoria precisa deixar definitivamente de aceitar toda esta situação e partir para a ação, pressionar e mobilizar uma reação à altura da crise que está nos arruinando a cada dia. O nosso imobilismo também é um dos elementos da crise e um dos fatores de nossa precariedade e embora nossa direção sindical não demonstre condições de congregar uma grande mobilização, a própria categoria precisa agir com a devida urgência.
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Se continuarmos aceitando receber o salário indecente que recebemos, então provavelmente o mereceremos!

Salários de professores

O senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) fez um interessante discurso em outubro do ano passado tratando das variações salarias nos estados e municípios brasileiros quanto ao que se paga aos professores. Vale a pena ler a transcrição do pronunciamento do senador! Clique aqui.

A HORA É ESSA!

O texto abaixo é uma colaboração enviada pelo professor Apolo Firmino
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Bem que nossos os companheiros “professores” do SINTEPE poderiam já ir negociando, junto ao governo de DUDU e NILO um aumento para a nossa categoria, visto que eles enrolaram os “pelegueiros” do SINTEPE o ano passado, e, só depois de três meses, deram um ínfimo reajuste. Os nossos representantes poderiam alegar agora um aumento. Seria o troco já que o estado comeu três meses nossos. Está na hora do SINTEPE mostrar trabalho, porque é com o nosso desconto que eles mantém aquela sede para eles ficarem escrevendo simples notas em jornais e no seu site, onde o próprio filiado não pode optar.
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Ainda sobre este governo que se diz investidor da educação, o senhores Eduardo e Cabral” poderiam imitar o governo Lula antecipando para março um reajuste significativo para a nossa categoria. Caso nada seja feito, companheiros, teremos que dar um troco a este sindicato. Braço direito do governo de Pernambuco. Volto a reafirmar: juntos poderemos tirar a corja de picaretas do poder!

QUE SITUAÇÃO DIFÍCIL...



Ser Professor da rede estadual em Pernambuco é terrivelmente difícil... O "Leão do Norte" paga o pior salário do Brasil, pior do que estados bem mais pobres como Piauí, Alagoas, etc... mas isso não é importante para a imprensa, já cooptada, e nem para o Sintepe, que não bate em Eduardo nem com uma flor...

quarta-feira, 5 de março de 2008

Nova instrução da SEE( Secretaria Estadual de Educação de Pernambuco)

A Secretaria Estadual de Educação divulgou essa semana uma nova instrução convocando todos os docentes da rede pública estadual a participarem de uma "discussão" acerca do "Sistema de aprendizagem dos alunos". Tal iniciativa de discussão é um passo importante, todavia se pode conceber discussão com "troca de idéias" apenas por meio de correio eletrônico? Quem vai garantir que todos os e-mails serão realmente lidos e levados em consideração? Aqueles docentes( infelizmente uma maioria esmagadora) que não tem acesso à internet, como farão para se fazerem ouvir?A instrução é bem clara: toda e qualquer sugestão por parte dos docentes só serão recebidas através de e-mail. "CUMPRA-SE", "FAÇA-SE" não importa as condições e/ou ausência delas no processo. Alguém realmente acha que há interesse por parte da SEE em ouvir os docentes do Estado?Tal postura indica justamente posição contrária.

domingo, 2 de março de 2008

O SINTEPE é inofensivo - e o governo adora isso!

Mais uma boa crítica do blog Indignado.

Congresso Sintepe

Parece-nos que o Sintepe descobriu a fórmula de estimular os trabalhadores em educação a participarem do 7º Congresso organizado entre os dias 02 e 05 de abril, por essa instituição.
As "irrisórias" taxas cobradas ( R$ 20,00 e 30,00) aos delegados no ato das inscrições, como forma de garantir a participação desses no evento, certamente fará com que o espaço reservado para tal acontecimento esteja superlotado.
Espaço este que, até o momento é surpresa.
Vejam só, com os "elevados salários" que recebemos, ainda seremos obrigados a desembolsar quantias exorbitantes se quisermos nos fazer presentes ao Congresso. Além disso, nada foi informado na Assembléia (18/02/08) nem está divulgado no Boletim Informativo (nº 01, fev.2008).
Se há a cobrança desses valores o Sintepe poderia ao menos permitir a participação de todos os professores ao encontro, e não apenas dos associados, ao passo que esses já contribuem com 1% mensal de seus parcos salários.
Um dúvida: Será que a Carteirinha Funcional de Professor, nos assegurará o desconto de 50% do valor do ingresso? (não riam)...

sábado, 1 de março de 2008

Salário base de professor inferior a um mínimo

Professores da rede estadual de educação com carga horária de 150 h/a mensais recebem remuneração inferior a um mínimo: R$364,50. Acumulamos mais um ano com um salário inferior ao mínimo e nenhuma garantia de que essa situação ridícula se modifique: professor com formação superior ter que manter a si e a sua família com um valor desses por mês. A nossa "representação sindical " alega que o nosso problema não deve ter caráter local mas sim nacional, dizem eles "nossa luta é pelo piso". Mas me digam caros colegas de profissão, se recebemos a pior remuneração do País deveríamos olhar primeiro para nosso umbigo e questionar por quê somos tratados assim pelo governo do Estado. A nossa luta começa em casa, pois não há estado em todo o Brasil que pague remuneração pior que a nossa. Não podemos nos contentar felizes em esperar a implantação do piso que como já foi dito não atenderá a 100% da categoria. Merecemos e exigimos um tratamento mais digno por parte do governo do Estado e também ações por parte de "nossa representação sindical", que ela realmente nos represente e defenda nossos interesses, mostrando serviço, afinal esse grupo que está a frente do Sintepe, tem bastante experiência pois "nos representam " desde 96. Tiveram bastante tempo para mudar nossa situação e pouca coisa mudou, acumulamos perdas e ocupamos hoje o último lugar em remuneração de docente de rede pública estadual, recebemos o pior salário do Brasil. Esse título não pode ser aceito de bom grado por nenhum docente pernambucano, daí a nossa indignação. Se o governo se orgulha do fato e nossa "representação sindical" não se manifesta em contrário e aponta Brasília como nosso norte e redenção, nós docentes pernambucanos, os mais mal pagos do País bradamos: queremos mudanças já, merecemos e exigimos respeito, tratamento digno de nossa função que é a formação dos cidadãos pernambucanos.