domingo, 16 de março de 2008

De volta ao tempo da “mordaça”

Por Eudes Pavel*

Para aqueles que haviam pensado, ter acabado o ciclo da ditadura nas escolas públicas de Pernambuco, mais um golpe está sendo preparado pelo governador Eduardo Campos. A novidade desta vez ficara por conta da volta dos gestores biônicos, que serão indicados pela secretaria de educação através de eleições indiretas, com cartas marcadas, previstas para outubro. A concretização dessa medida representara o fim da escola democrática, do direito conquistado por estudantes, pais, professores e funcionários de escolherem de forma transparente, pelo voto direto, seus dirigentes. Por trás dessa decisão está à intenção do governo em fazer com que as mazelas presente no universo escolar não cheguem aos ouvidos da opinião pública. A fórmula a ser implantada submeterá as escolas literalmente ao controle do governo. Na prática, isto significa que as escolas perderão sua autonomia política, pior, algumas continuaram funcionando como verdadeiros feudos, possibilitando que gestores, que estão a mais de uma década no cargo, se perpetuem na função, o que é abominável.

* Professor da rede estadual.

2 comentários:

  1. Daqui a pouco não haverá mais concurso público. Lembram(os de minha idade) da época em que professor entrava no Estado com cartinha de apresentação e depois efetivava-se na rede?
    Retrocesso total, uma VERGONHA. Espero que "nosso' sindicato tome providências antes da instalação do caos. Precisamos garantir o direito de escolher os gestores das escolas.
    De nada adiantará protestos retardatários.

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  2. Nao sei como um pedófilo moralista se opoe a costumes da epoca da ditadura.Costumes como itimidaçao, influencia e formas para persoadir alunas nao seriam parte de uma epoca de ditadura ou tempos de guerra?
    Um maior cuidado com nossas crianças nao dependem apenas da educaçao das crianças mas tambem dos costumes dos professores que os ensinam!O governo faz o que quer e o que pode,nos professores reclamamos mas sao casos inerentes que revoltam a classe.

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