quinta-feira, 13 de março de 2008

Fiscalização só para alguns.

Já que o Governo do Estado está tão preocupado em fazer a escola pública "andar"e acredita que, fiscalizar a vida do professor é a solução, poderia prestar mais atenção e também fiscalizar o trabalho de algumas direções que se acham "donas" das escolas.
Final do ano passado (2007), por discordar de uma série de procedimentos e evitar mais constrangimentos (a que somos submetidos constantemente) solicitei remoção da Escola Tito Pereira/Aldeia /Camaragibe, para uma outra Unidade Escolar. Como não saiu portaria publicando a remoção fui orientada pela GRE a voltar para a escola, coisa que fiz em fevereiro deste ano, inclusive participando das reuniões para discutir os famosos "5 S" e o planejamento disciplinar anual. Porém ao elaborar o horário que vigoraria em 2008, a direção simplesmente deixou-me de fora, alegando que não sabia que eu estava de volta à casa. Retornei a GRE e a instrução dada foi que eu retornasse a escola e exigisse o meu horário, mais uma vez segui as orientações, porém sem sucesso algum, a direção mandou-me de volta e com um recado, dizendo que não ia mexer no horário, que o pessoal da GRE havia passado na escola e concordado com o que estava estabelecido. Meu nome não consta no livro de ponto e este, sequer posso pegá-lo, até o horário consegui cópia após muito sacrifício, horário este que já foi modificado três vezes.
Fato interessante é que no novo horário constam uma professora recém concursada com aulas de Geografia, uma professora que está adaptada, mas com aulas Educação Ambiental e um professor de Biologia/Ciência ( também com aula de Ambiental) que por sinal, não pode ministrar aulas no Fundamental e Médio por fazer parte do CENTRO que funciona na escola Tito Pereira. Levei o horário fictício à GRE, já fiz diversas queixas, inclusive ontem (12/03) passei a tarde inteira na Secretaria de Educação sendo atendida no final do expediente pelo acessor do Secretário de Educação (Danilo Cabral) e até o momento não há definição sobre a questão.
Estou em peregrinação desde fevereiro e tudo que me dizem é : "Aguarde, tenha paciência professora, vamos resolver".
Sou licenciada em Geografia e minha Especilaização é em Educação Ambiental, enquanto isso os alunos estão sem aulas, indo pra casa mais cedo quase todos os dias por falta de professores, e eu impedida de trabalhar. Saliento que, Educação Ambiental é prática que exerço nesta escola(Tito Pereira) desde 2005, com projetos multidisciplinares vivenciados em aulas de Geografia (tenho tudo documentado). Impressiona-me verificar que tantos desmandos vem ocorrendo nessa escola e as devidas providências não são tomadas. A Escola virou Centro Experimental, os alunos foram colocados para estudar em um galpão improvisado, a comunidade revoltou-se, houve protesto, um companheiro de trabalho foi preso por ordem da direção, a Secretaria de Educação vai à escola, autoriza o retorno dos alunos ao Tito. A direção devolve os alunos ao galpão, insinua a possibilidade de perda de vagas, a comunidade acaba assinando documento aceitando o "novo espaço de ensino-aprendizagem". Outros companheiros também são vítimas da direção e, esta continua poderosa destilando seu veneno sobre àqueles que considera seus opositores, atestando de vez sua falta de ética e descompromisso com a educação.
Como a Semana Santa lembra humilhação, peregrinação, sofrimento mas também persistência, continuo na luta em busca de meu direito ao trabalho.

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