quinta-feira, 1 de maio de 2008

O PENSAMENTO DOS MÁRTIRES DE CHICAGO - a voz dos líderes trabalhistas assassinados em 1886

"Arrebenta a tua necessidade e o teu medo de ser escravo; o pão é a liberdade; a liberdade é o pão".
Albert Parsons

"Cremos que se acercam os tempos em que os explorados reclamarão os seus direitos aos exploradores (...). A luta em nossa opinião é inevitável".
Michel Schwab

"Sempre supus que tinha o direito de expressar as minhas idéias, como cidadão e como homem. Se isso é delito, sou então um delinqüente".
Oscar Neeb

"Por que razão se me acusa de assassino ? Pela mesma razão que me obrigou a abandonar a Alemanha: pela pobreza e pela miséria da classe trabalhadora".
George Engel

"Desprezo-vos; desprezo vossas ordem, vossas leis, vossa força, vossa autoridade. Enforcai-me!"
Louis Lingg

"Se a morte é a pena correlativa à nossa ardente paixão pela liberdade à espécie humana, eu digo bem alto: disponde de minha vida".
Adolf Fischer

"Se com o nosso enforcamento vocês pensam em destruir o movimento operário (...), enforquem-nos. Aqui terão apagado uma faísca, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, em todas as partes as chamas crescerão. É um fogo subterrâneo e vocês não podem apagá-lo".
August Spies

"Eu creio que chegará um tempo em que sobre as ruínas da corrupção se levantará a esplêndida manhã do mundo emancipado, livre de todas as maldades, de todos os monstruosos anacronismos de nossas épocas e de vossas caducas instituições".
San Fielden

Fonte: BOULOS JR, Alfredo 1º de maio O Trabalhador vai à LutaColeção Construindo Nossa Memória Editora FTD

Um comentário:

  1. Foi lamentável o fato de que o que repercutiu de forma ampla, no nosso primeiro de maio, tenha sido a festa organizada pela cut em SP, com sorteios de apartamentos e carros. Nós trabalhadores sofremos tanto com as péssimas remunerações, em conjunto, muitas vezes com condições inadequadas de trabalho, como é o caso dos professores das escolas públicas de Pernambuco, só para citar um exemplo dentre tantos outros,que nem reagimos a esssas alienações que visam diminuir nosso poder de luta. Em muitos locais no mundo, como foi o caso da França, houve protestos com trabalhadores nas ruas marchando por melhores condições de vida. Alguém acha que trabalhadores franceses estejam em situação pior do que a nossa para reclarem, enquanto boa parte dos trabalhadores paulistas participam de festas e sorteios, beneces patrocianadas por não se sabe quem? Pois é caros colegas de profissão, não temos realmente o que comemorar em nosso 1º de maio. No próximo, quem sabe não seguiremos o exemplo dos informados franceses?

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