terça-feira, 29 de julho de 2008

Ainda sobre o ensino de Sociologia e Filosofia

As duas postagens abaixo sobre a carência de professores de Sociologia e Filosofia são oportunas para ressaltar uma evidência: Pernambuco não está preparado para cumprir a legislação.
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A lei que estabelece a obrigatoriedade das disciplinas em todas as séries do Ensino Médio (clique aqui e confira a Lei) já vai interferir na matriz curricular que a tecnocracia da SEE festejou como "avanço" (com o agravante de que os sábios da SEE reduziram sem critério as cargas-horárias destas disciplinas - clique aqui e leia o que já postamos a respeito), mas o problema não reside apenas na trapalhada dos alquimistas da burocracia pseudo-pedagógica quanto a elaboração de matriz curricular "sem noção".
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Conforme a observação de que são insuficientes os quadros habilitados para o trabalho com Filosofia e Sociologia, o úlimo concurso também demontrou que a SEE não possui uma dimensão da importância de tais disciplinas, afinal, no último (e polêmico) concurso foram abertas apenas 14 vagas para professores de Filosofia e 21 vagas para professores de Sociologia para todo o estado (o blog também foi o primeiro a denunciar este fato - confira aqui).
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Como é prática comum, vai imperar o improviso e professores não habilitados nestas disciplinas irão ministrar as aulas para "completar carga-horária". O remendo sequer é reforçado pela SEE, pois os professores improvisados não recebem capacitações específicas e seguem improvisando sem orientação.
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Será que, ao menos, haverá uma capacitação para que o oferecimento destas disciplinas ocorra de maneira apropriada ou a indiferença da SEE será mantida apesar da legislação? O ensino de Sociologia e Filosofia não é surpresa na rede pública de Pernambuco, mas o interesse concreto da SEE em oferecer adequadamente as disciplinas seria uma verdadeira novidade!

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