sábado, 27 de dezembro de 2008

VELHO ANO NOVO !

Mesmo sem muito crédito desejamos amor, saúde e paz à todos amigos e pessoas que queremos bem. Mas, o que é ter saúde?Segundo a Organização Mundial de Saúde (O.M.S) para ter saúde é necessário: boa alimentação, moradia, educação, acesso à serviços de saúde, trabalho, lazer, vestuário, saneamento básico, dentre outros fatores. Ou seja, ter saúde é sentir-se bem, ter as necessidades básicas satisfeitas, desenvolver nossas aptidões, criatividade, etc.Num mundo onde os EUA, a primeira economia do planeta dá sinais visíveis de falência não podemos criar perspectivas de "Ano Novo" melhor. Como teremos nossos direitos básicos garantidos se dependemos do Centro para sobreviver?
Não consigo enxergar um mundo melhor, apenas, diferente. Caminharemos pelas ruas inseguros como antes, enfrentaremos filas, desrespeito e mau atendimento nos hospitais e outros serviços públicos, a fome, a injustiça, os conflitos e as doenças se alastram pelo mundo, continuaremos trabalhando em unidades de ensino decadentes, mesmo com computadores. Por falar em computadores, estaremos conectados a quê? O fato de "ganharmos" os computadores, já nos conecta ao mundo?
Espero que este Ano, seja pelo menos um período para que possamos fazer reflexões e avaliações de nossos atos, para que nos libertemos das mentiras, mesquinharias, e que possamos reatar sentimentos de respeito, solidariedade, sinceridade, honestidade sem sermos denominados de tolos ou ingênuos. Que desejos coletivos possam sempre sobrepor-se às ações individualistas.
Agradecimentos e abraços afetuosos a todos os companheiros (as), que tenham um ANO NOVO!!!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

UM CONTO DE NATAL

por José Ricardo de Souza*

Alguns dias antes do Natal, um certo homem, de posses e muito rico, foi à uma Igreja, e lá ficou tristre e deprimido ao ver Jesus pregado na cruz. “Como o Senhor está magrinho”, pensou ele. Então, ele resolveu convidar Jesus para cear na sua casa, na noite do Natal. Com um gesto no olhar, Jesus aceitou o convite. A partir daí, o homem se preocupou com os preparativos do grande banquete. Tomou todos os cuidados para que nada faltasse do bom e do melhor, afinal iria receber o próprio Jesus Cristo. Convidou também seus amigos riquíssimos, e forou toda a casa com bonitos arranjos e cortinas.

Na noite marcada, 24 de dezembro, todos estavam a espera do ilustre convidado, quando alguém bateu à porta. Era um mendigo, que suplicantemente implorava por um resto de comida. Botaram ele para fora do refinado recinto, e nada lhe deram. Outra pessoa bateu à porta. Era um rapaz sujo de óleo e graxa que pedia auxílio para consertar seu carro que havia quebrado na estrada. Como estava muito sujo, não lhe deixaram entrar, e também não o ajudaram. Nova batida. Ao atenderem, era uma mulher com uma criança de colo, pedindo um abrigo para passar a noite. Infelizmente, mandaram a mulher embora, pois não havia ali lugar para gente pobre e mal vestida.

A madrugada foi chegando e nada de Cristo aparecer. Um a um, os convidados se retiraram decepcionados. No dia seguinte, o homem foi até a Igreja reclamar à Jesus sua ausência na festa da ceia. Indignado, Jesus, retrucou-lhe: “como não estive lá, apareci por três vezes e não me deixastes entrar”! O homem ficou intrigado, mas Jesus tirou-lhe a dúvida: “primeiramente, fui como um mendigo, e nada me destes. Depois, apareci com um rapaz precisando de uma ajuda, mas ainda assim, não me auxiliastes. Pensei que na figura de uma mulher com uma criança ao colo, me acolhesse melhor, mas mesmo assim recusaste minha presença. Nada pude fazer, senão voltar para o banquete na casa do meu Pai, junto com meus irmãos empobrecidos, marginalizados, excluídos, os pequeninos do reino dos homens; mas acolhidos no reino de Deus”. Só então, o homem rico pôde perceber a figura de Cristo em cada um dos pobres e excluídos de seu tempo. Neles, Cristo manifestava sua presença, por meio da bondade, da caridade e da solidariedade.

* O autor é historiador, professor da rede pública estadual, escritor; membro da Academia de Letras e Artes da Cidade do Paulista.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

AS SAPATADAS EM BUSH

O riso é imediato. Ver o presidente dos Estados Unidos a encolher-se atrás do microfone enquanto um sapato voa sobre a sua cabeça é um excelente exercício para os músculos da cara que comandam a gargalhada. Este homem, famoso pela sua abissal ignorância e pelos seus contínuos dislates linguísticos, fez-nos rir muitas vezes durante os últimos oito anos. Este homem, também famoso por outras razões menos atractivas, paranoico contumaz, deu-nos mil motivos para que o detestássemos, a ele e aos seus acólitos, cúmplices na falsidade e na intriga, mentes pervertidas que fizeram da política internacional uma farsa trágica e da simples dignidade o melhor alvo da irrisão absoluta. Em verdade, o mundo, apesar do desolador espectáculo que nos oferece todos os dias, não merecia um Bush. Tivemo-lo, sofrêmo-lo, a um ponto tal que a vitória de Barack Obama terá sido considerada por muita gente como uma espécie de justiça divina. Tardia como em geral a justiça o é, mas definitiva. Afinal, não era assim, faltava-nos o golpe final, faltavam-nos ainda aqueles sapatos que um jornalista da televisão iraquiana lançou à mentirosa e descarada fachada que tinha na sua frente e que podem ser entendidos de duas formas: ou que esses sapatos deveriam ter uns pés dentro e o alvo do golpe ser aquela parte arredondada do corpo onde as costas mudam de nome, ou então que Mutazem al Kaidi (fique o seu nome para a posteridade) terá encontrado a maneira mais contundente e eficaz de expressar o seu desprezo. Pelo ridículo. Um par de pontapés também não estaria mal, mas o ridículo é para sempre. Voto no ridículo.
Publicado em O Caderno de Saramago
Postado por: resistenciaeluta.blogspot.com

domingo, 14 de dezembro de 2008

CURTAS

MALANDRAGEM
Terezinha Nunes (PSDB) propõe ampliação do recesso do judiciário. O prazo de oito (24/12 à 01/01), será esticado para dezessete dias ( de 20/12 à 06/01). É mole ?

IMPUNIDADE( uma marca brasileira)
Palocci (PT) deve livrar-se da denúncia de envolvimento no caso da quebra de sigilo bancário do caseiro Francelino Costa. Não há provas "suficientes" para responsabilizá-lo penalmente.

O Supremo Tribunal de Justiça mandou soltar (12/12) o presidente do tribunal de Justiça do Espírito Santo, o desembargador Frederico G. Pimentel preso na operação que investiga a venda de sentença.

Juri absolve PM que fuzilou o carro da família e matou a criança João Roberto (RJ). O policilal pagará pelo crime prestando serviço comunitário.

IMUNDÍCIE
Ex- ministro Jarbas Passarinho em entrevista recente (DP/ Política,13/12) ainda defende as medidas arbitrárias do AI-5. Regime de extrema perversão aos direitos civis brasileiros.
Nosso desprezo à este insignificante ser chamado Jarbas Passarinho.

PEGANDO CARONA
Dados divulgados por uma certa ONG denominada Todos pela Educação afirma que, o Estado avança na educação e consegue superar metas.
Penso que, se tal ONG fizesse um levantamento das precárias condições de trabalho dos professores da rede, da situação das caóticas escolas e se conhecesse a metodologia dos fraudulentos projetos Se Liga, Avançar, Acelera, Travessia e tantos outros ( de iniciativa privada) certamente os dados apresentados seriam outros.
Bom pra Eduardo Campos, que adora alardear na mídia seus (maus) feitos educacionais.

DESRESPEITO
Instituto Brasileiro de Desfesa do Consumidor( IDEC) revela que, a partir dos 60 anos os planos de saúde praticam reajustes abusivos, o que acaba expulsando os idosos dos contratos.
Pergunto: E o que faz este instituto pelos direitos dos idosos ?

PRA CELEBRAR
Para celebrar com júbilo o centenário de nascimento do geógrafo, médico e cientista político Josué de Castro. Cidadão do mundo que, em suas obras retratou com fidelidade a vida dos pobres viventes nos mangues do Recife. Foi exilado no período da ditadura militar e, por duas vezes teve seu nome indicado para o prêmio Nobel da Paz.
Um nome, um homem que merece toda nossa admiração e respeito.

Nota Sintepe

AGENDA DE MOBILIAÇÃO
Em Pernambuco o Sintepe está mobilizando os educadores para pressionarem o legislativo dos municípios a agrantirem recursos nos orçamentos de 2009, de forma a assegurar o pagamento do Piso.
16 de dezembro- Ato público na Câmara dos Vereadores de Recife, a partir das 9h;
- Reunião de confraternização dos aposentados, às 15h, no auditório do Sintepe.

REPOSIÇÃO - O Sintepe tem recebido denúncias de cobranças indevidas de reposição de aula para educadores que estavam em licença-prêmio, licença-médica, entre outras. Reiteramos que tais imposições não devem ser acatadas pela categoria.
Sintepe/ fone: 2127-8866

*Ver nota nos principais jornais de domingo (JC, Diário, Folha, 14/12/2008)

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

VEJA, que porcaria !

Por Gabriel Perissé em 2/12/2008

A revista Veja insiste em não ver os professores com bons olhos. Com freqüência, publica matérias e entrevistas com o propósito de criar e enfatizar imagens negativas do professor, especialmente o do ensino público.Nas páginas amarelas da edição nº 2088, a ex-secretária de política educacional do MEC dos tempos de FHC, Eunice Durham, afirma que os professores recém-saídos dos cursos de pedagogia não conseguem executar tarefas básicas e, pior, não admitem que "o ensino no Brasil é tão ruim, em parte porque eles próprios não estão preparados para desempenhar a função".Ora, se eles não estão preparados, mas se são eles os profissionais que vêm reforçar os quadros existentes, o que sugere a professora Eunice? Boa parte desses professores formou-se nas faculdades particulares que surgiram nos últimos 20 anos, insufladas pela política contra a qual, diga-se de passagem, ela mesma se indispôs. Palavras dela, em 2001: "O aumento desenfreado de instituições particulares, guiadas pelo mercado e com fins lucrativos, ameaça a credibilidade do ensino no país" (Veja, nº 1713).Muitas faculdades de pedagogia que a professora Eunice propõe serem "repensadas do zero" sobreviveram incólumes apesar das avaliações negativas do MEC ao longo das duas décadas. E são exatamente as que atraem estudantes menos escolarizados. Esses estudantes, em geral, não conseguem ingressar nas, em menor número, faculdades públicas, e não podem pagar as mensalidades cobradas por instituições privadas de medicina, engenharia, odontologia, economia, se é que desejariam freqüentá-las... São pessoas que não almejam as "melhores" vagas do mercado de trabalho, mas a função (mal remunerada) da docência. E não esqueçamos o idealismo, um tanto ingênuo, mas genuíno, na composição do perfil desse futuro professor.Desafios de aprenderSe todos os professores tivessem salários melhores e melhores condições de trabalho, além do idealismo haveria aí um atrativo concreto. Novos candidatos, mais bem preparados, se sentiriam interessados pela carreira docente. Que estranha cegueira levará uma antropóloga com tantos anos de pesquisa e reflexão a pensar que aumentos de salário e outras históricas reivindicações dos sindicatos são apenas obsessões de corporativistas, e não questão de justiça, necessidade real para valorizar a arte de ensinar, e mesmo uma forma de exigir, em contrapartida, mais compromisso dos professores? Estará o curso de antropologia social da USP precisando também ser repensado do zero?Que contraste (e que alívio!) ler o artigo "Como interpretar o vandalismo nas escolas?", da pedagoga Dagmar Zibas, publicado na Folha de S.Paulo (26/11/2008) e reproduzido pelo site Todos pela Educação. A autora do texto reconhece com serenidade que as reivindicações dos professores fazem parte da solução:"Entre nós, as soluções para o fracasso do sistema público são conhecidas e se traduzem em antigas reivindicações dos educadores: adequada formação inicial e continuada dos docentes, valorização do magistério, com melhores salários e correspondente responsabilização pelo trabalho realizado, dedicação de tempo integral dos professores a um só estabelecimento, maior permanência diária dos alunos na Escola, recursos didáticos ricos e variados (laboratórios, internet, biblioteca, equipamentos esportivos, dispositivos multimídia)." E que outro contraste (mas agora decepcionante), ao ler, de novo na Veja (nº 2089), o jovem economista Gustavo Ioschpe, já devidamente formato pela pedagogia vejiana (ver "O professorado e a `baboseira ideológica´"). Pois volta ele a retratar os professores da pior maneira possível: não estão preocupados com o aprendizado dos alunos, dão "aulas chatas", dedicam-se mais à pregação ideológica do que ao ensino, recusam-se a fazer auto-análise...Não caiamos no erro oposto, generalizando em sentido contrário, como se os professores fossem anjos perfeitos. É sinal de honestidade intelectual admitir que há professores relapsos e irresponsáveis. Mas são a minoria, felizmente.Nesta matéria – "Violência escolar: quem é a vítima?" –, também afirma Ioschpe que a mídia exagera, que as escolas não estão em situação tão difícil assim com relação à violência, e que "a maior vítima de agressão no nosso sistema escolar é o aluno". Uma agressão "intelectual". O articulista refere-se, logicamente, aos professores. Estes são os grandes agressores, em sua visão. E tenta justificar o que diz, mencionando um "estudo recente da Unesco chamado `Repensando a escola´". É desse alentado estudo que vai pinçar alguns dados em busca de credibilidade e "apoio científico". Trata-se de um livro de 331 páginas, cujo título completo é "Repensando a escola: um estudo sobre os desafios de aprender, ler e escrever" e cuja coordenação coube a Vera Esther Ireland (da UFPB), orientada metodologicamente por Bernard Charlot. Logo no início, há um esclarecimento importante: o estudo não está vinculado apenas à Unesco. Sendo mais precisos, a publicação é uma parceria da Unesco no Brasil e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP-MEC).Problema complexoVale a pena ler esse estudo. Acabaremos por descobrir passagens que Gustavo Ioschpe preferiu omitir (até porque dispunha de apenas duas páginas), para não atrapalhar sua argumentação. Diz Ioschpe que os professores querem culpar as famílias pelo mau desempenho dos alunos. O estudo, porém, oferece algumas considerações muito pertinentes a respeito:Nas entrevistas, professores costumam queixar-se de que ou as famílias não cooperam com as atividades escolares de seus filhos, ou não têm condições de ajudá-los apropriadamente. Não é difícil entender que aí está uma fonte profunda de dificuldades: proporções majoritárias das gerações brasileiras anteriores receberam pouca ou nenhuma escolaridade, e de qualidade precária. Nos grupos focais com os progenitores, isto transparece de modo muito evidente. Têm dificuldade de ajudar; com freqüência nem de tempo dispõem, quando voltam, cansados, do trabalho. Tampouco os domicílios oferecem condições de tranqüilidade para tanto: muita gente convivendo, ruídos, TV ligada em alto volume, outras crianças brincando ruidosamente pela casa. E as escolas não têm espaço ou meios para proporcionar algo que possa suprir essa falta de suporte domiciliar e familiar — ou não há escolas de tempo integral, ou as poucas existentes no local se mostram insuficientes ou pouco eficientes." (pág. 220)Ou seja, o próprio estudo mencionado pelo articulista traz informações que corroboram a complexidade do problema. E a revista Veja, vamos e venhamos, não tem condições de abordar esta complexidade com a necessária competência.(do site observatorio da imprensa www.observatoriodaimprensa.com.br)
Postado por resistenciaeluta.blogspot.com

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A SEDUC e a reposição de faltas

Parece que as insanidades cometidas pela SEDUC/PE são infindáveis. Semana passada o que se ouviu nas escolas da rede causou indignação e desestímulo aos trabalhadores em educação. A "nova onda" propagada por esta secretaria e divulgada nas escolas através das direções, em tons terroristas é que, o professor precisaria, até o final do ano fazer reposição das faltas mesmo, as decorrentes de atestados médicos, licenças, etc. A confusão foi geral e, as(os) benditas(os) diretoras(es) de escolas apressaram-se pra fazer o calendário de reposição (aulas aos sábados) sem sequer levar a discussão para as escolas. Vejam companheiros a que ponto chegamos, as arbitrariedades praticadas ao longo do ano pela Secretaria de Educação, são um verdadeiro atestado da visão empresarial na educação, um ataque à categoria.
Há empresas que premiam funcionários que não apresentam faltas durante o ano, alguns vão ao trabalho mesmo doentes.
Vetaram-se as reuniões no âmbito das escolas, o horário do recreio agora é utilizado como espaço de informes, os técnicos educacionais fiscalizam livros de ponto (faltas) e cadernetas, em nada contribuem para melhorar as práticas pedagógicas e os péssimos índices educacionais do Estado. Um desrespeito total ao nosso trabalho uma vez que, obrigam-nos a avaliar alunos às carreiras para que estes ( os técnicos), cumpram prazos de entrega de relatórios feitos diariamente e enviados à SEDUC.
Incapacitada de seguir as manobras técnicas da Seduc, e recusando-me a seguir calendários absurdos, virei alvo de advertências. Com apenas duas aulas semanais ou seja, dezesseis (16), em um bimestre, tenho que TRABALHAR conteúdo, AVALIAR, REENSINAR e REAVALIAR. Humanamente impossível, exceto na cabeça de certas antas ( perdôem-me as antas) que desconhecem a realidade de uma sala de aula.
Mas, o que diz o "nosso" sindicato sobre a questão da reposição das faltas?
Em notinha semanal o SINTEPE afirma que está atento para evitar "equívocos" dessa natureza...
Porém, como estamos acostumados a peder direitos e ver a inércia do Sintepe, esperemos a velha combinação do 'nada com coisa alguma'.
Ah! a nova/velha direção do Sintepe toma posse em 12 de dezembro.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Lula- Eduardo e suas andanças pelo Recife !

Muito se falou da visita de LULA a Pernambuco.Nosso presidente adora vir ao nosso estado, aqui ele tem um fiel aliado (Eduardo Campos) um bajulador de primeira, que até faz parque para celebrar sua genitora (JOÃO PAULO) e uma imprensa dócil e submissa (graças aos milhões de publicidade).Esta imprensa dócil alardeou aos quatro cantos que "haveria uma bolsa de 100 reais para jovens de Santo Amaro" e que algumas mães ganhariam pouco menos de 200 reais em um tal de PRONASCI (mais um programa pra enrolar as pessoas).Mas a imprensa "esqueceu" que nesta mesma viagem LULA prometeu que vai enviar uma MP ao congresso para beneficiar usineiros e plantadores de cana (Como Beto da Usina e Armando Monteiro que escravizam seus trabalhadores). MP essa que vai doar a esses senhores a bagatela de 90 milhões de reais!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Bem mais do que para os jovens de Santo Amaro...
Postado por: resistenciaeluta.blogspot.com

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Nossa Luta é Internacional !

Cem mil professores cruzam os braços por reajuste no Líbano Greve de 24 horas tem o apoio de estudantes e da população(Sadek Amin, da redação do jornal Al Baian)Cerca de cem mil professores das escolas públicas, privadas e da Universidade Libanesa fizeram uma greve de 24 horas, no dia 18 de novembro, no Líbano. A greve foi convocada pela coordenação sindical dos professores, após uma negativa de diálogo do governo. Explicando os motivos da greve, um dirigente dos professores declarou: “Já que mantivemos a porta aberta para o diálogo até este exato momento, mas, pelo fracasso político deste governo, ele não teve a capacidade para dialogar, então vamos protestar nas portas do parlamento e, vamos lutar pelas três reivindicações: aumento salarial de 5%, reajuste para o transporte de 2% e melhoria a qualidade dos planos de saúde para os professores.”Durante a greve, houve um ato de protesto em frente à Câmara, para impedir que fosse votado um aumento de apenas 2% aos professores. Eles exigem 5%. A greve contou com o apoio de milhares de estudantes e parou faculdades e institutos de todos os setores da Universidade libanesa, escolas públicas, secundárias, profissionais e técnicas oficiais, além do setor privado, da Associação de Antigos Alunos e Professores, de professores aposentados e do Instituto de Gestão e Estagiários e formação.As autoridades não aceitaram a proposta dos professores, o que levou a coordenação sindical a marcar reunião para analisar outro dia de greve. A imprensa comenta que o momento no Líbano é propício a um novo tipo de lutas, pelo tamanho da greve e seu sucesso. O movimento despertou apoio em parcela considerável da população. O seguinte diálogo, travado entre uma professora e um militar do exército, durante o protesto, demonstra isso.A professora perguntou ao militar: - “Te mandaram aqui para nos bater?” O militar diz que não, e completa:“E, se tivesse esta ordem, estaríamos aqui para protegê-los”.Esta greve colocou em xeque o governo de Unidade Nacional, formado por um acordo entre os partidos tradicionais da direita libanesa pró-imperialista cristã e sunita com o Hezbollah e seus aliados, após uma intermediação de Síria e de outros países árabes. Esse acordo foi feito à custa das reivindicações populares, pois os mesmos que levaram a atual situação econômica e fazem de tudo para entregar o país ao controle do imperialismo, como Siniora e Saad Hariri, continuaram à frente dos principais postos com a mesma política econômica e externa. A adesão de Hezbollah a esse governo, apresentada como vitória, significou aceitar que os responsáveis pelos massacres, que trataram de desarmar a resistência contra o sionismo, continuassem impunemente governando o país. O povo libanês apoiou estes partidos para a formação do Governo de Unidade Nacional, pensando que assim se garantiria a paz interna após anos de guerra civil e ataques de Israel. A ministra da Educação é Bahaa Hariri, tia de Saad Hariri.Mas este governo que hoje demonstra sua verdadeira cara, não tem o que oferecer para este povo sofrido e lutador. Não fez nada para reverter a deterioração da situação econômica. No Líbano ainda faltam água potável e energia, apesar das doações dos países do golfo árabe, como recompensa por calar a boca depois da guerra de 2006. O governo Siniora fez desaparecer este dinheiro.O Hezbollah, que tinha o respaldo de grande parte da população por encabeçar a luta contra Israel e derrotá-lo em 2006, entrou no governo, sacrificando os interesses da população. Agora, na greve, revelou a que leva esse tipo de capitulação. Os professores tinham pedido a intervenção do Hezbollah a seu favor no parlamento, mas a resposta de seus dirigentes foi de que o partido não poderia fazer nada. Ou seja, foi a mesma resposta dada pela ministra Hariri.
Postado por: resistenciaeluta.blogspot.com