segunda-feira, 28 de março de 2011

Escolas públicas de Pernambuco têm realidades opostas

Bônus não atrai bons profissionais para a educação

Com salário maior, professores conseguiriam melhorar vivência cultural e, consequentemente, qualidade do ensino

Os bônus por produtividade nas redes de ensino público causam bastante polêmica entre os educadores. Poderia a lógica aplicada na indústria e no comércio, de premiar conforme a “produtividade”, ser adaptada para o ensino público e garantir que a qualidade da educação melhore?

Talvez ainda se encontre uma forma para que a prática dê certo, mas, da forma que é aplicado em São Paulo, não temos essa garantia. Em 2010, por exemplo, somente cerca de 70% das escolas estaduais tiveram uma nota considerada suficiente para que seus profissionais recebessem o bônus, que será pago em 2011. No ano anterior, o benefício atingiu cerca de 90% das escolas. Ou seja, até para os padrões definidos pelo governo, muitas escolas paulistas não estão melhorando.

É importante estar atento para o fato de que boa parte dessas escolas não atingiu totalmente a meta e vão receber só parte do bônus. Os dados demonstram que cada profissional vai ganhar, em média, pouco mais de R$ 3 mil, de bônus, neste ano. Como só quem atinge a meta ganha 2,4 vezes o seu salário, e considerando quanto ganham os profissionais de educação em São Paulo, fica claro que grande parte dos profissionais só atingiu parcialmente as metas. 

Os profissionais das escolas que, por exemplo, superam suas metas, recebem 2,9 vezes a média de seus salários do ano. Claro que, pra quem ganha, é ótimo. Representa até um 16º salário. O problema é que a prática passa a responsabilidade pela qualidade da educação somente, ou principalmente, ao trabalho dos docentes.

Em educação, as coisas não são implantadas. Quando construímos uma estrada, podemos ter a certeza de que com mais trabalhadores, equipamentos e matéria prima a construção ficará pronta mais rápido. Em ensino, existem mais variáveis a serem consideradas, e, além disso, tudo o que é feito em educação tem que ser visto como desenvolvimento. Podemos até aumentar a velocidade com que os educandos desenvolvem habilidades e competências, mas não podemos 'depositá-las' nos alunos.

Quando utilizamos avaliações que aplicam provas, o que descobrimos, mais do que qualquer outra coisa, é como são os alunos em relação ao que é cobrado nos exames. No curto prazo, sempre são as mesmas escolas que ocupam os primeiros e os últimos lugares. 

Mais do que ter boa estrutura, bom material didático ou bons professores, as melhores colocadas são aquelas que receberam os alunos que melhor se adaptam ao sistema de ensino. E isso tem a ver com a história socioeconômica do aluno. A qualidade do professor é o segundo aspecto que afeta o aprendizado. O primeiro engloba a estrutura familiar, sua renda per capita, a qualidade do gasto do orçamento, a escolarização dos pais, o contato com livros e periódicos, a sensação de pertencimento ao grupo, a valorização que o grupo dá para a educação, a qualidade de suas atividades de lazer, suas viagens, entre outras coisas.

É justamente por isso que não podemos olhar dados de forma absoluta. Uma escola, por exemplo, que sempre tira 7 nas avaliações acrescenta menos aos alunos do que uma que começa com 3, passa pra 4 e chega a 5. Não podemos insistir no erro de querer que todos os alunos, e todas as escolas, sejam iguais. Quando fazemos isso, tentamos orientar a escola para aqueles que 'sabem', em detrimento daqueles que não 'sabem'. E isso exclui, não pode ser adotado como política pública em nenhum lugar.

O bônus de São Paulo considera justamente onde a escola estava e onde ela chegou, apesar de vários setores da sociedade ainda insistirem em destacar as maiores e as menores notas absolutas, sem considerar sua historia. Até a Secretaria de Estado fez esse equívoco em edições anteriores do prêmio, quando algumas escolas com notas absolutas altas não conseguiram aumentá-las e mesmo assim receberam o bônus. Provavelmente, a nota tinha tem muito mais ver com os alunos do que com a qualidade da educação na unidade escolar.

O mesmo vale para os educadores. Os melhores são aqueles que possuem condições socioeconômicas mais aprimoradas. E não é só uma questão de renda familiar, mas também de vivência cultural. E é aí que erra o Estado de São Paulo. Temos duas formas de melhorar a qualidade do que é feito dentro das salas de aula. Uma é atrair profissionais mais capacitados para a carreira. A outra é melhorar a capacitação dos profissionais que estão na carreira.

Para atrair profissionais melhores para a carreira é fundamental que o salário seja maior. O bônus não é percebido como aumento nos salários, porque não é uma garantia. O professor pode trabalhar o ano todo contando que sua escola vai bater as metas e que ele vai receber três salários a mais, mas acabar recebendo apenas um, ou até mesmo ficar sem gratificação. Com a diversificação da economia e a diminuição do desemprego no Brasil, cada vez os jovens encontram mais possibilidades de carreira. 

Como um professor ganha, em média, 60% a menos que outro profissional com o mesmo tempo de estudo, é natural que cada vez menos pessoas se interessem pela profissão. 

Para melhorar a capacitação de quem já está na rede, a capacitação tem que ser continuada. E capacitação continuada não pode ser entendida somente como um curso a cada 15 dias (na verdade nem esta periodicidade existe, de forma universalizada, na rede paulista). O professor se capacita quando participa de cursos e encontros, quando lê, quando assiste a vídeos, quando navega pela internet, quando escreve artigos, quando debate, quando se abre para novas idéias, quando cria, quando viaja, quando conversa, quando reflete sobre essas atividades. 

É esta a idéia que devemos ter da capacitação continuada. Guardados os limites do bom senso, deve ocorrer a toda hora e a todo momento. Não pode ser só o curso, o encontro ou a oficina. Deve se tornar a própria vivência do professor. Acontece que, ganhando pouco, mesmo aqueles que gostariam de ler bons livros, fazer viagens, pagar por uma internet rápida, ir ao cinema, assinar jornais e revistas, entre outras coisas, ficam financeiramente impedidos de fazê-lo. Além disso, ao professor resta pouco tempo para exercer sua curiosidade intelectual. Alguns se dedicam a jornadas durante o dia inteiro. Outros dividem o magistério com outras profissões. Soma-se a isso a necessidade de administrar a família, cuidar dos filhos, corrigir provas e trabalhos e preencher diários de classe e não sobra tempo para nada.

Concordo que alguns dos atuais professores, mesmo que ganhassem muito mais que nas outras profissões, não teriam um gasto qualificado do salário a ponto de melhorarem suas vivências culturais. Isso porque os salários, apesar de serem baixos, foram suficientes para atrair algumas pessoas que não encontravam outras perspectivas de trabalho e que, definitivamente, mas não possuem nenhum talento para educar.

Mas não são as exceções que devem guiar a política pública para a educação. Salários maiores são uma necessidade, maior do que as atuais políticas de incentivo, para atrair bons profissionais para a carreira e para dar a possibilidade de que os atuais professores passem pela experiência da melhoria na formação.

Do jeito que está, o bônus do Estado de São Paulo pode criar um ciclo nada pedagógico. O que hoje é cobrança pode transformar-se em “culpalização”. A Secretaria do Estado vai começar a culpar as direções regionais por maus resultados. As direções regionais culparão os diretores de escolas. Os diretores de escola, naturalmente, vão dizer que os culpados são os professores. E os professores dirão que são os alunos, o elo mais frágil e que mais precisa de atenção.

domingo, 27 de março de 2011

Piada extraordinária

- Uma família de professores e só a senhora vira puta?
- Dei sorte!!!

Alunos de escola do Programa Integral protestam

Matería da Folha de Pernambuco publicada no último dia 25 de março torna pública uma realidade bem conhecida pelos estudantes das ditas escolas de referência: a falta de estrutura e a ineficiente prática de aplicar excesso de aulas habituais sob a ilusória perspectiva de que quantidade de conteúdos e aulas possibilitam qualidade de resultados.

Segue o texto do jornal:


ESTUDANTES QUEREM MELHORIAS


Sob gritos de reivindicação por uma melhor educação, centenas de estudantes da Região Metropolitana do Recife (RMR) protestaram na tarde de ontem pelas vias do Centro do Recife. Concentrados na rua do Hospício, na frente do Ginásio Pernambucano (GP), eles engrossaram as manifestações nacionais que aconteceram durante toda a semana em vários estados brasileiros.

Em Pernambuco, uma das bandeiras da categoria é acerca do regime das escolas integrais e técnicas. Durante o protesto, os estudantes denunciaram a falta de estrutura e democracia dentro de unidades, a exemplo do GP. Ontem, os alu­nos da unidade não puderam deixar as aulas para acompanhar o protesto, mas durante o intervalo foram até o térreo do prédio, que mantinha os portões fechados.

“Está faltando água, o banheiro é horrível, não tem condições de higiene. A escola não tem nenhuma estrutura para ser integral”, disse a estudante Caroline Costa, 16. Segundo ela, o sentimento ao ingressar este ano na escola foi de decepção.

O aluno Júlio Almeida, 15, reve­la que o almoço servido na escola nem sempre é de boa qualidade. “Ontem (anteontem) muita gente passou mal por causa da comida. Outro pro­blema é o calor, as salas não têm nem ventiladores e o sol en­tra na sala. Isso incomoda muito e prejudica até a visão de alguns”, contou.

Júlio afirmou que a proposta educacional apresentada pela escola é diferente da esperada. “Queríamos ter cursos, como de Informática, Secretariado, mas só temos aulas. São dez aulas por dia, não tem nada diferente, a gente fica muito cansado”, comentou.

Outra denúncia sobre a escola foi feita pela presidente da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), Virgínia Barros. “Não existe democracia nes­sas escolas. Os estudantes são impedidos pelos diretores de fundarem grêmios. Já conseguimos avanço com o aumento no número de escolas, mas a qualidade da educação ainda é um grande desafio”.

Segundo a presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas do Recife (Umes), Manuela Braga, a situação se estende a outras unidades do Estado. “Essas escolas não dão estrutura para que os alunos passem o dia todo na escola. Eles ficam presos, não tem água, não tem limpeza, e ainda sofrem com a falta de democracia. Isso acontece também em Arcoverde e outras cidades”, frisou.

Grupo de professores articula criação de novo sindicato

Uma convocação para formação de nova entidade sindical foi postada aqui no blog como comentário. Reproduzo o texto como posts para que mais pessoas possam analisar a iniciativa e comentar:

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLÉIA GERAL DE FUNDAÇÃO
A Comissão do Conselho Pró-SINPROFE - PE convoca a todos os professores membros da categoria dos profissionais da educação da Rede Oficial de Ensino do Estado de Pernambuco para ASSEMBLÉIA GERAL, a ser realizada às 14h, do dia 04/04/2011, no Auditório Darcy Ribeiro da Escola Profª Maria do Carmo Pinto Ribeiro, localizada na Rua 108, S/N, Jardim Paulista Baixo, Paulista-PE, que irá tratar da seguinte ordem do dia:
  1. Aprovação da fundação do Sindicato dos Professores da Rede Oficial de Ensino do Estado de Pernambuco;
  2. Constituição, eleição e posse da diretoria;
  3. Outros assuntos de interesse do SINPROFE-PE.
Paulista-PE, 24 de Março de 2011.
Comissão pró-fundação do Sindicato dos Professores da Rede Oficial de Ensino do Estado de Pernambuco.

sábado, 26 de março de 2011

Presença é mesmo tudo?









Nós, servidores do Estado, estamos vivendo um tormento a cada vez que precisamos utilizar alguma agência do Banco Bradesco. Se presença é tudo, caixas e pessoas para atendimento ao cliente são mais ainda.

Incrível como um banco deste porte de propaganda oferece instalações tão precárias aos seus clientes e o que é pior, somos obrigados a tolerar.

No início do mês de Março tive o desprazer de enfrentar três horas na fila do caixa para poder efetuar a transferência dos meus vencimentos para o Banco Real(Santander)movimentação que não pôde ser efetuada nos caixas eletrônicos.
Sobre as imagens:
2ª imagem; cliente preferencial (informação consta no cartão da servidora estadual).
Se este Banco, o Bradesco, trata seus clientes preferenciais assim, então preferiria não ser PREFERENCIAL.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Horário do turno da tarde.

Gostaria de saber da Secretaria de Educação Estadual, de onde partiu a ideia do turno da tarde nas escolas públicas estaduais, começar às 13 horas. Já ouvi comentários a respeito do assunto de que tal medida foi tomada por conta da violência. Se for esta a verdadeira explicação, gostaria de saber se os bandidos largam às 17:30, pois trabalho até às 22:00 e não me sinto seguro quando saio da escola neste horário. Esta mudança de horário, afetou sobremaneira a vida dos professores que trabalham em duas escolas, passando a ter apenas uma hora para almoçar. Não conheço nenhuma categoria profissional que tenha apenas uma hora de intervalo para almoçar e começar um segundo expediente. Além do mais, os pensadores da SEE não levaram em consideração o deslocamento, pois vários professores trabalham manhã e tarde mas em locais diferentes.

sábado, 19 de março de 2011

Escola (Galpão) Torquato Castro





Fotos tiradas recentemente denunciam o descaso na unidade de ensino.
Última foto, teto caído.
Fotos: Albênia (18/03/2011)

Escola-Galpão





Pintado e 'remendado' (paredes em gesso) às pressas, numa tentativa de desmentir o guia eleitoral do adversário na campanha eleitoral ano passado, a Escola (Galpão) Torquato de Castro/ Camaragibe permanece no esquecimento.
Denúncias feitas através da imprensa, Ouvidoria, Secretaria de Educação não foram suficientes para reverter a caótica situação instalada na unidade de ensino.
E agora, professores, alunos e demais funcionários contam com um agravante a mais, com o início da construção da nova escola, percebe-se que, não há mais o mínimo interesse do governo do Estado em investir no local. Recentemente o teto de uma das salas veio ao chão, ventiladores e ar condicionados precários, que não conseguem arejar o ambiente além de fazerem barulho insuportável, fazem das salas de aulas locais de total repulsão. Com corredores sujos e molhados, sem espaço para recreação e práticas de educação física e de quebra com o fundo colado a uma padaria, que contempla-nos constantemente com cheiro de fumaça e contribui para a elevação do calor, a unidade pode ser batizada de tudo, menos de escola.
Fotos: (Albênia, 18 de março de 2011)

quarta-feira, 16 de março de 2011

Jovem que agrediu professora em São Paulo é suspenso.

O adolescente de 16 anos que agrediu sua professora de matemática em uma escola estadual de Guaimbê, no interior de São Paulo, será suspenso por seis dias. A medida foi determinada pelo conselho escolar.

A agressão aconteceu nesta terça-feira (15), após a professora chamar a atenção do aluno. O rapaz xingou a professora e arremessou uma carteira escolar contra ela. A vítima foi atingida na altura da cintura. Ela passa bem, mas ficará afastada de suas funções para recuperação, segundo a Secretaria Estadual de Educação.

Em nota, a secretaria lamentou a agressão praticada pelo aluno e afirmou que a demonstração de violência foi um caso isolado que não reflete o cotidiano da unidade. O caso foi registrado na delegacia da cidade como ato infracional e lesão corporal.

Fonte: Agência Estado

Magia negra, não. É racismo

DIARIO DE PERNAMBUCO
Recife, 15 de março de 2011

O termo magia negra nada tem que ver com a matriz africana e a religião do Candomblé. Ele foi usado pelo branco europeu e acabou sendo reproduzido pela sociedade brasileira ancorada em idéias ainda eurocentristas racistas, pois tudo que é feio, mal, fedorento, tenebroso está inconscientemente associado à etnia negra, que, obviamente, pertence à ancestralidade africana, de pele negra. Logo, uma forma racista consciente ou inconsciente de se conceituar um ritual macabro no qual pessoas sem formação teológica de matriz africana e iniciadas também por outras igualmente ignorantes no assunto, reproduzem essa fala da magia negra e cometem crimes de homicídios, como foi o caso da professora. O Diario de Pernambuco está de parabéns por trocar o termo pela expressão ritual macabro na sua última reportagem sobre o caso da professora assassinada por pseudos pai e mãe de santo, diferentemente da imprensa sensacionalista que insiste em usar o termo magia negra nesse tipo de crime.

Carlos Tomaz - Rede Afro LGBT, MNU-PE

Carlos é professor da rede Estadual, amigo nosso e fez parte da chapa de Oposição (Resistência e Luta) que em 2008 concorreu à eleição sindical (Sintepe). Maria Albênia

quinta-feira, 10 de março de 2011

8º Congresso estadual do Sintepe

Se aproxima uma das maiores oportunidades para repensarmos a atuação(ou inércia) de nossa representação sindical. O 8º Congresso Estadual do Sintepe, que será realizado de 30 de março a 2 Abril, discutirá a Conjuntura internacional, nacional e estadual, Política Sindical, Educacional e Permanente, Plano de Lutas e Estatuto do Sintepe.

As propostas para composição da pauta de reivindicação 2011 já foram enviadas pelas escolas através de seus respectivos delegados representantes.

Este encontro deve ter como norte os aspectos voltados aos interesses do professorado de um modo geral e não desvirtuasse em discussões sobre esta ou aquela "ideologia" política.

Convoco a todos os participantes diretos e indiretos do Alternativa Sintepe para trazermos para debate prévio as propostas que serão votadas.

Segundo comentários uma das propostas a ser levantada é a aceitação de professores temporários como associados do SINTEPE.

Esta proposta de aceitação de professores temporários como sindicalizados é uma das formas mais eficazes de enfraquecimento de nossa luta. Estes profissionais devido a sua condição de fragilidade diante do governo (afinal é um empregado que se encontra em situação provisória) representará mais um Calcanhar de Aquiles do que uma força a ser somada.

Somem este "tiro no pé" que é a aceitação de temporários como associados ao SINTEPE, aos já sabidos aspectos de desunião e baixa estima que atormentam a uma parcela grandiosa de nossa categoria, e teremos oportunidade ímpar de ver que o "fundo do poço ainda é mais em baixo".

terça-feira, 8 de março de 2011

Política de (des)valorização

DIARIO DE PERNAMBUCO
Recife, 8 de março de 2011

Respostas da Assessoria de Comunicação/Secretaria de Educação nos matam de rir ou, de chorar. Afirmar que o governo de Pernambuco paga o piso salarial aos professores é no mínimo um deboche. O que ocorreu foi simplesmente a anexação de nossas parcas gratificações ao salário base dando a impressão (para a mídia) que houve aumento salarial. O ´reordenamento` das escolas é um desmanche educacional, alunos e professores são separados em escolas só para ensino médio e outras, para o fundamental. A política de (des)valorização piorou o que já estava ruim, trabalhadores iniciaram o ano letivo sendo devolvidos (feito coisas) pela direção das escolas, para as GRES, e de acordo com os vários docentes vítimas dessa desorganização ao reclamarem na GRE Metrosul chegaram a ser insultados por certa funcionária desse órgão que os aconselhava a aceitar a situação ou, pedir exoneração. Por onde anda mesmo a valorização dos servidores?


Albênia Silva - Camaragibe

segunda-feira, 7 de março de 2011

Tiririca

O grande parlamentar brasileiro TIRIRICA foi diplomado em 17/12/2010


Salário: R$ 26.700,00
Ajuda Custo: R$ 35.053,00
Auxilio Moradia: R$ 3.000,00
Auxilio Gabinete: R$ 60.000,00
Despesa Médica pessoal e familiar: ILIMITADA E
INTERNACIONAL (livre escolha de Médicos e Clinicas).
Telefone Celular: R$ ILIMITADO.
Ainda como bônus anual: R$ (+ 2 salários = 53.400,00)
Passagens e estadia: primeira classe ou executiva sempre
Reuniões no exterior: dois congressos ou equivalente todo ano.

Aposentadoria: total depois de oito anos e com pagamento integral.
Fonte de custeio: SEU BOLSO!!!!!!
Dá para chamar ele de palhaço?
Pense em quem é o palhaço!!!
Não é preciso dizer.......

quinta-feira, 3 de março de 2011

PIB de Pernambuco

De acordo com a pesquisa Condepe/Fidem a economia pernambucana continua crescendo a "todo vapor". Isto porque, o PIB (Produto Interno Bruto) do Estado supera a média nacional que apresenta crescimento de 7.5%. Com um PIB de 9.3% em relação à 2009 Pernambuco tem na construção civil(26%) e na indústria(12.5%) os principais responsáveis por esse sucesso que, por sinal é considerado o maior entre os últimos quinze anos.
Pena que o crescimento econômico não é acompanhado do social. Os índices de desemprego apresentam taxas alarmantes, a proliferação de submoradias é uma declaração do aumento da pobreza, a mortalidade infantil e o analfabetismo imperam em várias regiões do estado, e os trabalhadores em educação continuam recebendo a pior remuneração do país.
Assim, o quadro econômico tão bem explorado pela mídia, deixa de ser compatível com o quadro de degradação humana verificado em Pernambuco e no restante do país.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Fundeb e o Piso

Apesar do aumento de 4,1% nos gastos para pagamento de pessoal com a verba do Fundeb, o salário dos professores da rede estadual ainda está abaixo do Piso Salarial.

Durante o encontro para apresentação do Demonstrativo Anual das Receitas e Despesas do Fundeb 2010, na semana passada, a Secretaria de Educação de Pernambuco divulgou a prestação de contas dos projetos para melhoria da educação e qualificação dos professores.

Enquanto em 2009 os gastos com a folha salarial dos trabalhadores em educação ficaram com 68,42% dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), no ano passado o percentual subiu para 72,52%.

Segundo Secretaria de Educação, os 27,45% restantes foram utlizados para capacitações e especializações dos docentes, manutenção e construção de escolas, aquisição de kits escolares e livros, transporte escolar rural, e em programas de Correção de Fluxo e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Ao todo foram aplicados R$ 1,384 bilhão, o que representa um aproveitamento de 99,97% dos recursos disponíveis no Fundo.

Entretanto, como não há reajuste desde 2008, a fatia de investimentos destinada à remuneração não atinge o Piso Salarial estabelecido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), de R$ 1.597,87 para vencimento inicial de carreira - levando em conta o artigo 5º da lei 11.738 -, nem o valor anunciado recentemente pelo MEC, de R$ 1.187,97.

"O aumento desses gastos é resultado do crescimento vegetativo da folha, ou seja, mudanças na faixa salarial por questão de tempo de serviço e titulação", analisa o diretor de Finanças do Sintepe, Wilson Macedo, que participou da reunião realizada no Conselho Estadual de Educação, bairro das Graças.

Ele também acredita que parte dessa verba serviu para pagar os contratos temporários, que hoje somam cerca de 20 mil só na educação, e a incorporação do chamado 'pó-de-giz' para alguns cargos em função gratificadas, como diretores e secretários, que antes da reformulação do Plano de Cargos não tinham direito ao benefício. "O volume de recursos não representou crescimento na questão salarial da categoria", afirmou.

A reunião ainda contou com a presença do secretário de Educação, Anderson Gomes, conselheiros do Fundeb, representantes das secretarias de Administração, Planejamento e Fazenda, da Associação de Pais e Mestres, da Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE) e da Procuradoria Geral do Estado. (Fonte: Sintepe)

Quer dizer que, está tudo explicado? O governo "mostrou" e todos concordaram com a prestação de contas, foi isso? Faz tempo que cobra-se explicações sobre a forma como o governo gasta as gordas verbas vindas do Fundeb. Desconfiava-se que o dinheiro era aplicado de forma "inadequada" (pra não usar outro termo). Agora, abre-se o "baú das gastanças educacionais" e as contas batem direitinho. Que ótimo !!!Ou não?


terça-feira, 1 de março de 2011

GOLPISTA PRESO

AGRESTE // PRISÃO

Falso professor é preso em flagrante em Limoeiro

Publicado em 22.02.2011, às 07h11

Do Jornal do Commercio
O acusado teria apresentado certificados falsos de pós-graduação, mestrado e doutorado
O acusado teria apresentado certificados falsos de pós-graduação, mestrado e doutorado
Foto: Polícia Civil

Um homem que se passava por professor universitário foi preso em flagrante, na noite dessa segunda-feira (21), enquanto dava aula numa faculdade particular do município de Limoeiro, no Agreste pernambucano. Rosivaldo Sidrônio da Costa, 39 anos, conseguiu a vaga depois de apresentar certificados falsos de pós-graduação, mestrado e doutorado. A direção da própria instituição desconfiou do profissional e acionou a polícia.

(Lembram que fizemos denúncia no blog sobre essa criatura?)