quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Caso Izaelma

Polícia conclui inquérito da morte da professora Izaelma Cavalcante
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
04/01/2012 | 07h46 | Homicídio

Após 30 dias de investigações e diligências, o comissário da Polícia Civil Eduardo Moura Mendes, 51 anos, acusado de matar com oito tiros a ex-mulher, Izaelma Cavalcante, ainda não foi localizado. Ontem, completou-se um mês da morte da professora, que chegou a passar uma semana internada no Hospital da Restauração. A delegada responsável pelo caso, Gerluce Monteiro, do Departamento de Polícia da Mulher, informou que o inquérito policial já foi encaminhado à Justiça na última quinta-feira. Nesta manhã, às 10, a delegada irá falar sobre a conclusão do Inquérito Policial referente à morte da professora. A coletiva será no auditório do departamento, em Santo Amaro. Eduardo foi indiciado por homicídio qualificado, com base na Lei Maria da Penha. O nome do comissário consta na nova lista da Secretaria de Defesa Social com os criminosos mais procurados do estado.

Izaelma tinha 36 anos e, segundo a polícia, foi assassinada por Eduardo depois de uma discussão entre os dois na casa dele, de onde Izaelma saiu no último dia 9 de outubro, após registrar um boletim de ocorrência. Eduardo fugiu do local levando o filho de cinco anos do casal. A polícia também não localizou o menino. A GPCA investiga o paradeiro do garoto.

O namorado da professora, o jornalista Pedro Henrique de Melo, contou Diario que tem recebido ameaças desde a morte de Izaelma. Um dos textos, enviados anonimamente para o celular dele, informa que o comissário está no Recife. “A sensação é de insegurança desde o homicídio. Pedimos que a polícia priorize esse caso e encontre o acusado”, disse. Ainda segundo Pedro, dois livros com poesias, cartas e textos de Izaelma serão lançados no próximo mês.

Pedro lembrou que, anos antes do crime, a professora chegou a registrar vários boletins de ocorrência e Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO), mas nunca havia recebido apoio policial. Segundo a polícia, os registros são de 2004 e 2005. O último foi em outubro passado, quando a professora saiu de casa pela segunda vez depois de o ex-marido apontar uma faca peixeira para ela e o filho, não permitindo que os dois entrassem em casa.

Pouco antes de o crime acontecer, Izaelma teria telefonado para o namorado, que escutou toda a discussão. Pela gravação no celular de Pedro, é possível escutar do filho de Izaelma e Eduardo. Percebe-se que o menino escutou os pais brigando. Cerca de um minuto depois, escuta-se o desespero da professora, gritando e pedindo por socorro. A delegada Gerluce Monteiro pediu que a população pernambucana se mobilize para localizar o comissário. “As pessoas que tiverem informações sobre o paradeiro dele devem telefonar para o Disque-Denúncia.” O telefone é 3421-9595. O anonimato do denunciante é garantido.

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