Na agenda publicada nos jornais de domingo o SINTEPE denuncia a municipalização das escolas Afrânio Gogoy e Divina Providência na Região Metropolitana de Recife. Em Limoeiro o governo Eduardo Campos está fechando a escola São José. Diz o sindicato que, “os três casos atrapalham e prejudicam a organização da vida profissional dos trabalhadores lotados nas unidades citadas e denunciam os erros da Secretaria de Educação, pois deveria discutir antecipadamente com a comunidade escolar”.
Perguntamos, é só isso que o SITEPE tem a dizer? Desde que a Secretaria de Educação começou com essa onda de ‘reordenamento’ nome dado ao fechamento de turmas do Ensino Fundamental que nós trabalhadores em educação alertamos para o perigo da municipalização. Em Camaragibe por exemplo, chegamos a realizar diversos atos chamando à atenção para o fato.
Iniciamos 2011 assistindo o fechamento de turmas de EJA (Educação de Jovens e Adultos) em várias unidades da rede. A situação se repete e o sindicato simplesmente resume a gravidade da questão dizendo que a Secretaria deveria ter discutido com a comunidade.
Ora essa, desde quando o governo discute, negocia e conversa com o povo? Tudo vem pronto de cima para baixo, inclusive as discussões não passam sequer pelo sindicato. Final do ano passado uma ensaiada equipe da Secretaria de Educação andou pelas escolas divulgando o Pacto pela Educação, implantou-se também um programa de diagnóstico e distribuição de óculos aos alunos da rede e tudo isso chegou às escolas sem nenhuma representação sindical. O Sintepe não pode transferir responsabilidades para a comunidade escolar. Inconcebível.
Queremos saber quais medidas serão tomadas pelo SINTEPE no sentido de reverter as questões em foco? Chega de discurso vazio que em nada compromete a imagem do governo aclamado pela mídia. Só a denúncia não basta.
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